PCDF prende suspeito de esfaquear e matar adolescente em baile funk
O adolescente de 15 anos foi assassinado na noite desse sábado (16/4) em um baile funk de Ceilândia
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nessa segunda-feira (18/4), um dos suspeitos de esfaquear e matar o estudante Lucas Maia (foto em destaque). O homem já era investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia). Ele compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o latrocínio (roubo com morte) e acabou detido por receptação, uma vez que os policiais descobriram que ele estava com um celular furtado. Os investigadores buscam identificar outras pessoas que participaram do crime.
O adolescente de 15 anos foi abordado pelos criminosos na noite desse sábado (16). A vítima teve os pertences roubados. Segundo contou o irmão do adolescente, o monitor escolar Pedro Siqueira, 21, Lucas Maia foi encontrado apenas de shorts. “Levaram a camiseta, boné, relógio, corrente, tênis, tudo”, contou. Segundo Pedro, primeiro, os assaltantes levaram a corrente e o boné. O restante dos pertences foi saqueado depois que o garoto foi morto.
“É falsa essa história de que ele se recusou a dar a corrente para o cara, muito menos que fingiu ter arma. Ele era tão inocente que continuou no evento depois de ser assaltado”, argumentou o irmão mais velho.
O jovem foi assassinado a facadas em um baile funk que ocorreu em uma chácara do Incra 9, em Ceilândia. O evento foi organizado por jovens, que anunciaram a festa nas redes sociais. Segundo Pedro, Lucas estava no local com quatro amigos.
“Ele foi avisar um amigo que tinha sido assaltado. Ele disse: ‘Foi aquele menino ali’. E apontou. Quando ele apontou, o cara já foi correndo, derrubou-o e começou a chutar. Eles conseguiram levantar e tentaram correr, mas alguém derrubou e mais de 12 começaram a espancá-lo. Depois disso, um segurou e outros deram a facada”, narrou o irmão, que ficou sabendo do que houve por meio de amigos de Lucas que estavam na festa.
DF: adolescente foi morto em festa após se recusar a entregar corrente
A família soube da morte do adolescente por meio de um vídeo que mostra o menor agonizando no chão do baile. Depois disso, Pedro foi ao local do crime, onde reconheceu o irmão mais novo. Ele conta que a família está reunida no DF, já que muitos vieram para passar o domingo de Páscoa, que passou sem nenhuma celebração.
“Ele era muito querido, muito sangue bom, tinha um coração grande, muito prestativo para a família e os amigos, sempre ajudava, dava o máximo para poder estar junto. Era trabalhador, focado nos objetivos dele, muito inteligente e avançado para a idade dele. Era ‘cabeça’, alegre e sorridente, o tempo todo tirando gracinha, a gente era muito apegado, eu e ele, sempre brincando”, contou Pedro.
Segundo o irmão, além de estudar, Lucas trabalhava na empresa do avô, uma marcenaria. O adolescente também fazia bicos como chapeiro e ajudante de pintor com o padrinho.
O enterro está marcado para a tarde desta terça-feira (19), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, mas ainda sem horário certo, já que a família espera a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML).
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