PCDF prende falso policial que sequestrava e extorquia traficantes
O suspeito usava uma carteira funcional da PMGO falsa, distintivo e arma de fogo. O flagrante ocorreu na noite dessa quarta-feira (23/9)
atualizado
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Policiais da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) prenderam um homem que se passava por PM de Goiás para sequestrar e extorquir traficantes do Distrito Federal. Ele usava uma carteira funcional da PMGO falsa, distintivo e arma de fogo. O flagrante ocorreu na noite dessa quarta-feira (23/9). A ação foi batizada de Operação Loki.
O caso chegou até a delegacia por meio de denúncia anônima. Segundo as informações passadas ao investigadores, o homem atuava em Ceilândia e Sol Nascente “sequestrando” criminosos, especialmente traficantes, no intuito de extorqui-los e subtrair dinheiro e drogas.
Após qualificar e identificar o modus operandi empregado pelo falso policial, em diligências preliminares, verificou-se que o suspeito estava colhendo informações sobre um indivíduo morador da QNO 6, passando várias vezes em frente sua residência e em seu local de trabalho, tirando fotos e anotando dados.
Então, os policiais da 19ª DP, realizaram diligências e por volta das 21h30 dessa quarta-feira (23/9) constataram que a vítima, traficante, teria sido sequestrada na região do P Sul e conduzida até a residência dele, na QNO 6, onde guardava grande quantidade de maconha. Ambos foram abordados pela equipe policial.
Carteira falsa
Na posse do falso policial foi encontrada uma carteira funcional da PMGO falsa, chave de algema e uma pistola PT 100, calibre .40. Imediatamente, o outro envolvido confirmou que fora “sequestrado” pelo indivíduo, que se identificou como policial e disse que sabia que havia maconha armazenada em sua casa.
No interior da residência foram encontrados 24 barras de maconha, aproximadamente 25kg, escondidos em compartimento acima de um armário.
De acordo com o delegado Rafael Catunda, da 19ª DP, o suspeito já tinha acertado a venda do entorpecente aprendido na Operação Loki para outro traficante. “Ele não pertencia a nenhuma facção, mas o grupo dele tinham outros dois integrantes que investigavam os alvos. Havia, também, esse traficante que receptava as drogas e passava informações sobre rivais e potenciais alvos”, explicou o policial.
O falso policial, de 36 anos, responde a dois inquéritos de porte de arma, injúria e calúnia. Além disso, foi encaminhado à 20ª DP no ano de 2019, quando teria sido encontrada em seu poder uma arma de fogo e uma carteira funcional da PMGO falsa. Ele responderá pelos crimes de milícia, sequestro, uso de documento falso, extorsão e tráfico de drogas.
O “traficante sequestrado”, de 26 anos, não tinha passagens e, agora, responderá por tráfico de drogas.