PCDF prende estelionatários que aplicavam golpes em idosos do DF
Segundo o delegado, o grupo era de São Paulo mas aplicava o golpe em Brasília porque havia mais chance de êxito
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu em flagrante, neste domingo (7/4), quatro integrantes de uma organização criminosa interestadual. O grupo se especializou em dar golpes em correntistas idosos de instituições financeiras do Distrito Federal. O caso é investigado pela 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), desde 2017, quando as primeiras ocorrências do tipo de crime foram registradas por moradores da região.
De acordo com o delegado Tiago Carvalho, os criminosos eram especialistas em forjar erros em caixas eletrônicos para reterem os cartões de clientes. A situação ocorria após uma espécie de dispositivo ser instalado nas máquinas. Foram presos Adriano Silva Santiago, Roberto Alexandre de Melo, Marcelo Oliveira Brandão Romano e Fábio Rodrigues Vieira dos Santos, todos com residência fixa em São Paulo.
“Fizemos um flagrante dentro de uma agência do Banco do Brasil. Mas abordamos e prendemos eles no shopping Deck Norte, onde se aglomeraram. O grupo foi apreendido com cartões, várias máquinas de crédito, usadas justamente para lavar dinheiro em compras de mercadorias”, disse o delegado.
Segundo Carvalho, eles informaram que aplicavam o golpe no DF porque havia mais chance de êxito. Em São Paulo, a organização adquiria as máquinas de bolso. “Quando os cartões eram retidos, um adesivo com falso número de 0800 era colado por eles. Isso induzia as vítimas a ligarem e repassarem informações sigilosas da conta durante o contato”, completou.
De acordo com a PCDF, pelo menos 20 pessoas do DF caíram no golpe dos criminosos. Ainda não há estimativa do prejuízo causado pelo grupo e quanto as máquinas de cartão movimentaram até o momento. Embora quatro tenham sido presos, as investigações levam a polícia a outros nomes que integram a organização criminosa, como motoboys e “criminosos assistentes”, que contribuíam para concretização do ato.
“O grupo é bastante articulado e é a terceira vez que eles agem em Brasília para, depois, voltar para São Paulo”, afirmou o delegado. Se condenados, os acusados podem pegar de três a cinco anos de prisão por integrar organização criminosa, um a cinco anos de reclusão por tentativa de estelionato, além de multa. A pena por ser agravada pois as vítimas são idosas.