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PCDF prende em Brasília líder do PCC que participou de massacre no AM

A polícia apura se o suspeito estava na capital a fim de organizar um possível resgate do líder máximo do PCC, o Marcola

atualizado

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Lucirle membro do PCC
1 de 1 Lucirle membro do PCC - Foto: null

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta sexta-feira (18/6), Lucirle Silva Conceição (foto em destaque), 39 anos, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Amazonas. O criminoso chegou há poucos dias na capital federal e era monitorado pela corporação brasiliense.

O faccionado foi flagrado em uma via pública de Taguatinga. A PCDF apura se o suspeito estava em Brasília a fim de organizar um possível resgate do líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. O bandido, também conhecido como “Urso Branco”, foi identificado como um dos responsáveis pelos 55 assassinatos ocorridos nas cadeias de Manaus em maio de 2019.

O homem não reagiu à abordagem policial e se apresentou como Lucas. Os investigadores iam iniciar os exames de identificação criminal, quando Lucirle revelou a verdadeira identidade.

“Ele estava apenas com o celular, que foi apreendido. Monitoramos a presença de faccionados no Distrito Federal exatamente para evitar a organização e expansão desses grupos. Vamos apurar se ele veio sozinho e quais eram as suas intenções ao vir para o DF”, explicou o delegado Adriano Valente, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que pertence ao Departamento de Combate à Corrupção (Decor).

Lurcile Conceição estava com mandado de prisão em aberto por romper a tornozeleira eletrônica ainda no Amazonas. A Justiça ainda vai definir se ele será transferido ao presídio federal. Por enquanto, o criminoso segue na carceiragem da PCDF.

A investigação teve apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Histórico

O preso era egresso do Sistema Penitenciário Federal e retornou para o sistema penitenciário do Amazonas em julho de 2020. Em janeiro de 2021, progrediu de regime com uso de tornozeleira eletrônica e, logo depois, foi declarado foragido.

A inteligência penitenciária do Depen, em ação conjunta com as Agências Centrais de Inteligência Penitenciária nos Estados (AIPENs), identificou que Lucirle poderia estar em Brasília. Todas as informações foram repassadas para a PCDF até a efetivação da prisão.

O Depen coordena a Rede Nacional de Inteligência Penitenciária (RENIPEN). A participação do órgão tem como objetivo produzir conhecimentos para subsidiar estratégias de melhorias do sistema prisional e de combate ao crime organizado.

Sobre a Rede

A estruturação da RENIPEN, ocorrida em 2020, permitiu a ampliação da interlocução com as unidades da federação e outros órgãos de inteligência; a continuidade da integração de bases cadastrais de presos e outras ferramentas tecnológicas; a melhoria e o incremento dos fluxos de processos relativos à inteligência e contrainteligência; a participação ativa em operações de combate ao crime organizado e transferência de presos, por intermédio de forças-farefas e centros de inteligência; o auxílio às unidades federativas em varreduras eletrônicas; a edição de normativos internos; e a proposição de alterações legislativas.

Recentemente, o Depen doou equipamentos para as Agências, que possibilitarão aos operadores de inteligência uma maior facilidade de acesso e de alimentação dos sistemas de informação, permitindo assim maior integração.

Integração entre forças

A integração entre as forças de segurança, como ocorrida nesta operação, é um dos pilares do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Plano de Forças-Tarefas SUSP de Combate ao Crime Organizado foi lançado em janeiro deste ano pelo MJSP e conta com a atuação conjunta, integrada e coordenada entre as polícias da União e dos estados.

As ações terão como foco prevenção, repressão, monitoramento e investigação de grandes organizações criminosas a partir da atuação conjunta entre as polícias da União e dos estados. Além disso, as forças-tarefas têm por objetivo isolar lideranças do crime organizado no sistema prisional, bem como descapitalizar facções por meio de bloqueio e venda antecipada de bens.

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