PCDF prende comparsas do “Vampiro do Itapoã” em assassinato
“Um deles chegou a dizer que o outro não tinha matado direito porque a vítima estava estrebuchada no chão”, disse a delegada Jane Klébia
atualizado
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A investigação de um assassinato macabro está prestes a ser concluída por investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Eduardo de Araújo Conceição, 24 anos, foi preso nessa quarta-feira (15/05/2019). Conhecido como “Vampiro do Paranoá, ele é suspeito de mandar matar e beber o sangue da vítima. O crime ocorreu no Itapoã.
Nesta quinta-feira (16/05/2019), equipes da 6ª DP cumpriram um mandado de prisão e detiveram Francisco das Chagas de Araújo da Conceição, 18 anos, suposto envolvido na morte de Heraldo. Ele negou participação e disse apenas ter presenciado o único adolescente do grupo matar o homem sozinho. Agora, os policiais procuram outros dois comparsas
“Pivetão” (foto em destaque), como Eduardo também é conhecido, contou com a ajuda de dois adultos e um adolescente para cometer o crime. Ao ser conduzido para a DP, Eduardo usou o direito de permanecer calado. Uma testemunha, no entanto, deu detalhes da execução brutal de Heraldo José de Carvalho, 43 anos.
“Temos o relato de que eles agiram com frieza. Um chegou a dizer que o outro não tinha matado direito porque a vítima estava estrebuchando no chão. Eles voltaram e agrediram ainda mais o homem e jogaram o corpo em uma manilha”, detalhou a delegada-chefe da 6ª DP, Jane Klébia.
Heraldo José de Carvalho teria sido agredido com uma barra de ferro, objeto que já foi apreendido pela polícia, e ferido com golpes de faca. Ele ficou com um profundo ferimento na cabeça. Ainda de acordo com a testemunha, Eduardo colheu o sangue do corte e bebeu.
Moradores da invasão onde o autor residia confirmaram que ele tinha o costume de fazer danças, bater tambor, arrancar a cabeça das aves e consumir o sangue delas. Recentemente, ainda de acordo com os relatos, Eduardo estava atrás de um cachorro da vizinhança para matar.
Antes do homicídio, o rapaz teria dito que estava com “vontade de beber sangue humano”, conforme relatou a delegada. O crime teria ocorrido de segunda-feira (13/05/2019), após desentendimento sobre um serviço para o qual a vítima tinha sido contratada.
Heraldo José teria sido pago com drogas para fazer uma cerca na casa onde o criminoso morava. O barraco fica em uma invasão na região da Fazendinha, no Itapoã. Carvalho, entretanto, consumiu o entorpecente, mas não fez o trabalho.
A mulher de Heraldo contou à polícia que chegou a fazer curativos no autor do crime, sem saber que o marido estava morto. “Os ferimentos indicam que houve uma reação por parte da vítima. Ainda estamos apurando como ocorreu o homicídio, mas sabemos que Heraldo sofreu um golpe profundo de facão na cabeça”, detalhou a delegada.