PCDF prende chefe de quadrilha especializada em compra de produtos on-line
Os equipamentos adquiridos incluíam objetos de alto padrão, como TVs de 75 polegadas com valores acima de R$ 6 mil
atualizado
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Investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia deflagraram a segunda fase da Operação Delivery, que apura um esquema criminoso de fraude em compras on-line de equipamentos eletrônicos. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Gama. João Guilherme de Souza Faria, 30 anos, foi preso em flagrante apontado como o chefe do grupo alvo da primeira fase da ação.
A investigação da DRCC começou quando uma empresa de compra e venda de produtos pela internet apresentou notícia crime de diversas fraudes cometidas contra ela. O golpe consistia na compra de mercadorias, por meio de cartões de crédito fraudados qie pertenciam a terceiros. Após o recebimento das mercadorias, a compra era contestada no cartão de crédito. A empresa lesada ficava com o prejuízo e não conseguia a restituição dos produtos.
Os equipamentos comprados incluíam objetos de alto valor, como diversas TVs de 75 polegadas com valores acima de R$ 6 mil. Após o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos celulares, notebook, valores em espécie, além de cheques em nome de terceiros. Na ocasião, João Guilherme Faria foi preso em flagrante e responderá pelos crimes de receptação, associação criminosa, além de falsidade ideológica. em audiência de custódia, a Justiça converteu sua prisão em preventiva.
Primeira fase
Na primeira fase da operação, desencadeada em 16 de abril deste ano, cinco bandidos presos. O grupo aproveitava a grande quantidade de compras feitas pela rede mundial de computadores – em função do isolamento social provocado pelo novo coronavírus -, e burlavam os endereços de entregas de quem havia pagado por televisores de alto valor. Os produtos eram deixados pelas empresas em residências nas cidades do Gama e Santa Maria e, depois, revendidos pela quadrilha.
De acordo com as investigações, os criminosos usavam dados extraídos de cartões de crédito das vítimas para realizar compras em sites especializados em e-commerce. Após concretizar a compra, os estelionatários recebiam, no conforto de casa, as televisões de tela grande. Em seguida, buscavam receptadores ou pessoas interessadas em comprá-las.