PCDF não vê indícios de abuso em criança de 3 anos encontrada morta
Investigadores do caso aguardam laudos periciais para apontar a causa da morte. Familiares disseram que vítima sofreu choque elétrico
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não vê indícios de abuso sexual na menina de 3 anos que morreu em Recanto das Emas, na sexta-feira (18/2). Familiares levaram a criança ainda com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Segundo o relato da família, a garota teria sofrido um choque elétrico. No entanto, mesmo com o socorro, ela não sobreviveu.
Segundo o delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Pablo Aguiar, as investigações estão em curso, mas a apuração inicial não identificou indícios de abuso sexual em momento algum da tragédia. “Não se sabe ainda do que a menina morreu”, assinalou.
O depoimento do profissional de saúde UPA responsável pelo atendimento da criança não sinaliza abuso. “Na oitiva do médico, em hora nenhuma, ele fala que ela foi abusada sexualmente. Não. Ele fala que seria interessante fazer uma perícia para saber se teve, se ela foi abusada anteriormente ou não. Mas não tem nada dele falando sinais de abuso. Não tem isso”, ressaltou o delegado.
“Inclusive, a vermelhidão que apresenta nos órgãos genitais pode ser em decorrência de assaduras, de falta de limpeza no local. O médico não ‘laudou’. Não falou que a criança sofreu abuso em hora nenhuma. Ele simplesmente chamou a polícia”, enfatizou.
A convocação da polícia é de praxe em casos como este.
Os familiares da menina não foram detidos, mas prestaram esclarecimentos na delegacia. De acordo com o chefe das investigações, o depoimento ficou marcado também pelo choro e desespero da mulher diante da perda.
Segundo o delegado, em depoimento, a mãe da criança foi enfática ao declarar que menina não sofreu abusos. Aos prantos, ela teria garantido que nenhum adulto na casa estava perto da menina no momento do tragédia.
A delegacia segue investigando o caso e aguarda laudos técnicos, especialmente a perícia do corpo da criança, conduzida pelo Instituto Médico Legal (IML).