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PCDF localiza último suspeito de matar padre na Asa Norte

Rapaz foi achado em Centro de Prisão Provisória de Luziânia (GO). Ele completou 18 anos depois do latrocínio

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1 de 1 padrecasemirofacebook1 - Foto: Paróquia Nossa Senhora da Saúde/Facebook

Policiais da 2ª DP apreenderam, na manhã deste sábado (28/12/2019), o último suspeito de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) do padre Kazimerz Wojn, ou padre Casemiro (foto em destaque), na Asa Norte.

O suspeito tinha 17 anos à época do crime. Ele foi localizado no Centro de Prisão Provisória de Luziânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, onde hoje, com 18 anos, está preso por tráfico de drogas. “Como estava sendo procurado pela PCDF, ao ser apreendido em Goiás, deu um nome falso para a polícia. Apresentou-se com os dados do irmão. Nesta manhã, em diligência, levamos um papiloscopista do Instituto de Identificação e comprovamos que se trata do foragido”, explicou o delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte), Laércio Rossetto.

O rapaz confessou ter participado do crime – com a função de amarrar o padre. Ele aguarda decisão judicial para saber se será transferido para Brasília ou se seguirá detido na cadeia do município de Goiás. Além da 2ª DP, a diligência investigativa contou com a colaboração da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA I) e com apoio técnico do Instituto de Identificação (II).

O padre Kazimerz Wojn foi morto na noite de 21 de setembro deste ano. Na ocasião, os criminosos reviraram a casa paroquial da igreja Nossa Senhora da Saúde, localizada na 702 Norte, e levaram diversos pertences do religioso. O cofre também foi revirado. A polícia conseguiu identificar e prender os envolvidos no crime.

Material cedido ao Metrópoles
Cofre arrombado na casa do padre

 

Os autores agiram com requintes de crueldade e teriam usado um arame para matar o sacerdote enforcado. Ele foi encontrado com mãos e pés atados e o arame envolto ao pescoço – além de uma lesão na cabeça.

Para o delegado Laércio Rosseto, o modus operandi dos bandidos deixa claro que eles conheciam a rotina do religioso. Os criminosos teriam ficado entre duas e três horas na casa do líder espiritual. Casemiro, cujo nome original é Kazimerz Wojno, havia se queixado da insegurança na região – a Paróquia Nossa Senhora da Saúde foi assaltada este ano. Porém, o caráter bárbaro do assassinato é um indicativo, segundo a polícia, de que os casos não têm relação.

Todo o assalto na casa do padre foi filmado, inclusive o estrangulamento e a morte do cristão. Vídeos e fotos extraídos do aparelho de um dos suspeitos mostram os integrantes do bando comemorando o assalto e usando crucifixos de ouro que pertenciam ao pároco.

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O caso foi investigado pela 2ª DP
O caso é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte
Caseiro testemunhou crime, foi amarrado e ficou com cicatrizes nas pernas
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Padre Casemiro foi assassinado na noite de 21 de setembro, logo após celebrar uma missa

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O caso foi investigado pela 2ª DP

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O caso é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte

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Caseiro testemunhou crime, foi amarrado e ficou com cicatrizes nas pernas

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O caseiro participou da reconstituição do crime

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Fiéis participando de missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, onde aconteceu o crime

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Segundo a arquidiocese, programação de missas foi mantida em homenagem ao padre

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Padre Casemiro foi responsável pela construção da igreja

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Paroquianos ficaram chocados com o crime brutal

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Investigadores descobriram rota de fuga dos criminosos. Os suspeitos pularam a cerca da paróquia

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Padre Cristiano Soares celebrou a missa poucos dias depois da tragédia

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Comunidade ficou comovida com a barbárie

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Fiéis não acreditavam na brutalidade do caso

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Igreja Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte

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Segundo o padre João Firmino, coordenador da Comunicação da Arquidiocese de Brasília, o caso afetou muito a comunidade

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De acordo com o padre João Firmino, Casemiro tinha mais de 20 anos de trabalho no DF e era muito querido

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Outras imagens registradas com o celular revelam que os criminosos organizaram festas regadas a bebidas alcoólicas, nas quais ostentaram objetos roubados da casa do padre.

O rapaz era o último envolvido no latrocínio que ainda não havia sido localizado. Os investigadores PCDF usaram tecnologia de ponta, no decorrer das apurações. A fim de descobrir a identidade do garoto, que tinha 17 anos na época do crime, por exemplo, policiais da 2ª DP submeteram o Chevrolet Opala, apreendido com dois dos suspeitos já presos, a um moderno equipamento papiloscópico de propriedade da perícia da corporação: a câmara de fumigação de cianoacrilato.

Além do último envolvido encontrado, outros três homens foram presos acusados de participar do latrocínio. Antônio Willian Almeida Santos, 32, e Alessandro de Anchieta Silva, 19, planejavam fugir da capital após o crime e já haviam, inclusive, comprado passagens para Minas Gerais e Bahia, respectivamente. O outro preso é Daniel Souza da Cruz, 29, encontrado no Novo Gama (GO), no Entorno do DF.

Com a apreensão do adolescente, a polícia conclui o caso.

Colaborou Victor Fuzeira

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