PCDF lança cartilha com dicas para evitar o “estelionato amoroso”
Nos crimes que estão em apuração, estrangeiros conseguiram enganar vítimas, sempre mulheres, para adquirir bens e dinheiro
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio das Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAMs I e II), lançou uma cartilha para prevenir o chamado estelionato amoroso. As unidades especializadas vem notando um aumento no número de casos. Nos crimes que estão em apuração, estrangeiros conseguiram enganar vítimas, sempre mulheres, para adquirir bens e dinheiro.
Segundo a corporação, a partir de sites de relacionamento ou redes sociais, os autores identificam as vítimas, geralmente com idades entre 40 e 70 anos, e passam a estabelecer relação supostamente amorosa. Com o tempo, começam a pedir ajuda financeira, prometendo recompensa ou ressarcimento futuro.
As vítimas, se valendo da confiança conquistada – às vezes até em razão de fotos e vídeos íntimos com eles compartilhados, acabam acreditando nos pedidos e fazendo a transferência de valores ou de bens. A polícia alerta que muitas chegam a descobrir que foram enganadas, mas sentem vergonha de denunciar, com receio de ter sua intimidade exposta.
A delegada titular da Deam I, Ana Carolina Litran, diz que de 2019 até abril de 2021, cerca de 20 ocorrências do gênero estão sendo apuradas pela unidade – crime capitulado no artigo 171 (estelionato), do Código Penal Brasileiro.
Para enfrentar essa modalidade de delito, os policiais elaboraram uma cartilha digital com informações que ajudam a mulher a identificar se está sendo vítima de tal crime, bem como os procedimentos necessários para proceder à denúncia. Confira as dicas:
“As vítimas não devem sentir vergonha por terem sido enganadas. Elas não estão sozinhas. Nossas Deams’s estão prontas para receber os seus registros, bem como acolhê-las nesse momento delicado”, frisou a delegada.
A PCDF reforça que, caso não deseje fazer a comunicação do fato presencialmente, as vítimas podem fazer registros pela Delegacia Eletrônica ou ainda pelo telefone 197.