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PCDF investiga se mulher desaparecida desde 2018 foi vítima de maníaco

Gisvania Pereira dos Santos Silva não é vista desde a madrugada de 06/10/2018 e pode ter sido morta por Marinésio dos Santos Olinto

atualizado

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1 de 1 gisvania - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se Gisvania Pereira dos Santos Silva, 34 anos, desaparecida desde a madrugada de 06/10/2018, é uma das vítimas de Marinésio dos Santos Olinto, 41. Ela foi filmada pela última vez às 4h40 daquele dia, por câmeras de segurança de um posto de gasolina em Sobradinho, região onde morava com os pais e a filha, de 15 anos.

No vídeo, Gisvania estava acompanhada de um homem. Ele foi identificado à época, mas a polícia descartou a participação dele no sumiço da mulher, pois ela saiu sozinha do posto. O corpo dela nunca foi encontrado.

O delegado-chefe da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), Fabrício Augusto Machado, admite que possa haver relação entre os casos: “Ela também estava em um ponto de ônibus, em Nova Colina. A informação é que uma pessoa chegou em um veículo e teria feito a lotação. Tudo indica que tenha sido o Marinésio”. “Existem várias evidências que levam a crer que ele possa ser o autor”, reforçou.

Antes de desaparecer, Gisvania teria passado em um bar próximo à casa dela, sem celular e carteira. Usava um short jeans, blusa azul-escura e chinelos. Gislene Pereira, 35, irmã da desaparecida, contou que ela havia sido demitida, no dia 1° de outubro, do local onde trabalhou como empregada doméstica por dois anos. Ficou abatida com o ocorrido, mas nunca teve problemas psicológicos nem rixas pessoais.

Ela conversou nesta terça-feira (27/08/2019) por telefone com investigadores da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS), que ficará à frente das apurações do desaparecimento da empregada doméstica. “Tem muita coincidência. Quando eu vi esses casos, deu aquele impacto de procurar”, contou a produtora rural ao Metrópoles. “Uma testemunha disse que ela estava na BR-020 querendo carona e, pelo jeito que ele pegou as outras, pode ser o mesmo cara”, comentou.

Segundo Gislene, Marinésio teria negado envolvimento no desaparecimento da empregada doméstica. De acordo com a irmã de Gisvania, ela sempre dava notícias quando saía de casa. Há quase 11 meses sem respostas, ela diz que agora vê uma esperança: “Não fiquei em casa esperando a boa vontade dos outros, eu mesma vim procurar. Queremos logo uma resposta, porque tem quase um ano já”.

 

Outros crimes

Marinésio confessou ter matado a funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado, 26, na última sexta-feira (23/08/2019), e a auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47, em 12 de junho.

O corpo de Letícia foi encontrado jogado em uma manilha, em Planaltina, com sinais de esganadura. Segundo depoimento do próprio maníaco, ele deu carona à moça e a assediou. Frustrado, o assassino teria esganado a funcionária do MEC. O corpo de Genir também foi encontrado abandonado em um matagal, em avançado estado de decomposição. Imagens mostram o carro de Marinésio passando duas vezes pela parada de ônibus em que ela estava.

De acordo com o delegado Fabrício Augusto Machado, Marinésio foi questionado sobre novas denúncias que têm surgido contra ele. O acusado negou ter cometido os demais crimes e alegou que “não se lembra” dessas ocorrências.

Até agora, pelo menos oito mulheres acionaram a polícia para denunciar Marinésio: quatro em Planaltina, duas no Paranoá, uma em Vicente Pires e uma no Gama. Porém, todos os casos ainda serão apurados pela PCDF. Não há certeza de que estão relacionados ao cozinheiro, uma vez que, em pelo menos um dos episódios, envolvendo uma adolescente de 17 anos, o carro usado não era a Blazer prata, mas sim um Prisma vermelho.

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