PCDF investiga intolerância religiosa em caso de santa decapitada
Segundo a Cúria Metropolitana, esta não é a primeira vez que a mesma imagem de Nossa Senhora sofreu atos de vandalismo
atualizado
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Policiais da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) buscam entender o que houve na capela Cristo Rei, na QR 117 de Santa Maria. Uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, que fica em frente ao templo, foi decapitada (foto em destaque). O caso descoberto por fiéis ocorreu na última quarta-feira (7/4).
A cabeça da santa – padroeira de Brasília e do Brasil – ficou jogada no gramado em frente à igreja (foto abaixo), o que causou revolta e comoção na comunidade católica.
Segundo os investigadores, o fato é tratado, inicialmente, como ultraje a objeto religioso ou dano. “A princípio, não temos indícios. Não há como afirmar a motivação do ato, se foi vandalismo por vandalismo, se houve motivação religiosa, ou não. A santa fica na área externa da igreja, amanheceu com a cabeça quebrada, caída em um local próximo. Não há testemunhas ou câmeras. Como a santa estava bastante danificada, sem possibilidades de reparos, o padre acabou se desfazendo dela”, detalhou o delegado-chefe adjunto da 33ª DP, Paulo Fortini.
O padre prestou depoimento na quarta-feira (7/4). “Estamos atentos ao disque-denúncia e, caso algum popular tenha informação, a delegacia está à disposição”, reforçou o investigador.
Profano
A capela Cristo Rei é vinculada à paróquia Sagrada Família de Nazaré. “Como a imagem era de concreto, a restauração demoraria, então optei por removê-la”, informou o padre responsável pelo espaço de oração, o pároco Alan Regis. Além disso, segundo a teologia católica, a exposição de uma imagem sagrada decapitada é um ato profano.
Segundo a Cúria Metropolitana, esta não é a primeira vez que a mesma imagem de Nossa Senhora sofreu atos de vandalismo, mas o responsável nunca foi identificado.
O caso segue em investigação.