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PCDF investiga esquema ilegal que traz essências de narguilé para o DF

Os carregamentos seguem a mesma rota de cigarros contrabandeados do Paraguai e chegam à capital em carros de passeio ou ônibus

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Criminosos especializados na compra, transporte e distribuição de cigarros contrabandeados para o Distrito Federal começaram a explorar um novo e rentável filão: o comércio clandestino de essências para narguilés. A ação criminosa é investigada pela Divisão de Defesa do Consumidor (Dicon), unidade vinculada à Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf).

As investigações apontaram que contrabandistas perceberam o aquecimento no comércio de essências no DF, principalmente na Feira dos Importados. Os carregamentos seguem a mesma rota dos cigarros contrabandeados do Paraguai e chegam à capital da República em carros de passeio ou camufladas em ônibus de sacoleiros que cruzam a fronteira pela Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Na terça-feira (31), em uma operação da Dicon, policiais aprenderam R$ 100 mil em essências. Os investigadores seguiram as pistas de uma denúncia anônima e chegaram até um depósito clandestino em Ceilândia. Um homem de 41 anos foi preso por descaminho, já que as essências não são proibidas, mas não possuíam nota fiscal. Toda a mercadoria, além de 15 mil maços de cigarros, foi apreendida.

Vindas do oriente
De acordo com o delegado Marcelo Portela, da Dicon, a apuração sobre o descaminho envolvendo as essências ainda está no início, mas a suspeita da polícia é que a mercadoria venha de países como Índia e Paquistão. “Estamos intensificando essas investigações para mapear a origem desses carregamento. Já sabemos que os integrantes desse esquema estão pulverizando as mercadorias por vários depósitos para tentar evitar que tudo seja apreendido”, explicou.

Segundo Portela, quadrilhas especializadas no tráfico de armas e até de drogas – ambas trazidas do Paraguai – costumam entrar no mercado criminoso justamente contrabandeando cigarros, e agora essências de narguilé. “Esses suspeitos percebem que podem ter uma rentabilidade muito maior trazendo armas automáticas importadas e drogas como maconha, considerada barata no Paraguai. No entanto, o risco é muito maior”, disse.

No último dia 24, a Dicon realizou a primeira etapa da Operação Bunker, que investiga e apreende carregamentos de cigarros contrabandeados. Na oportunidade, cinco comerciantes foram presos nas cidades do Paranoá, Itapoã e Samambaia, sob a acusação de venda de cigarros trazidos ilegalmente do Paraguai.

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