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PCDF indicia três sócios de clube de tiro por causarem perigo à vida

Outros dois agentes públicos também foram indiciados por buscarem autorização indevida para o clube funcionar

atualizado

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Sócios de um clube de tiro às margens da DF-251, em Brazlândia, identificados como William Souza Naves, Wesley Jhonata Nunes Corrêa e Cleiton da Costa Mesquita foram indiciados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por causarem perigo à vida e à saúde de outras pessoas.

Os homens se tornaram alvo de investigações em abril deste ano, meses após moradores da região procurarem as autoridades para denunciarem projeteis de balas e marcas de tiros em terrenos vizinhos ao clube.

Outros dois agentes públicos – o tenente-coronel do Exército Luiz Carlos Duque da Silva e o gerente de licenciamento da Administração Regional de Brazlândia Marcos Aurélio Martins – também foram indiciados por buscarem autorização indevida para o clube funcionar.

Segundo Mozeli da Silva, delegado da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), responsável pelo caso, as licenças irregulares foram liberadas de maneira informal. “Foi com base em informação unilateral dos empresários, apenas com base em um requerimento verbal, sem considerar o impacto que aquele empreendimento causaria à vizinhança”, declarou Mozeli.

O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que vai decidir se apresenta denúncia contra os suspeitos à Justiça.

Investigações

As atividades no clube de tiro começaram em setembro de 2021. Desde então, moradores da região procuraram as autoridades para denunciarem o estabelecimento por riscos e não garantia protocolos de segurança.

Com o caso na mídia, o local passou por uma fiscalização do Exército e foi interditado. Logo em seguida, a PCDF procurou a empresa para dar início às investigações. Entretanto, os policiais só conseguiram periciar o clube após determinação judicial, pois, antes disso, os proprietários não autorizaram a fiscalização dentro do estabelecimento.

Após seis meses, a polícia concluiu que o clube era irregular e declarou que o funcionamento próximo às casas trazia “perigo concreto” para as famílias.

Em defesa, o advogado do clube de tiros informou que “sempre colaborou com as autoridades” e com a “segurança” com a qual a instituição “sempre teve prioridade”. De acordo com o defensor, “não existem relatos de acidente ou de projéteis perdidos” na área onde o estabelecimento estava localizado.

Procurada, a Administração de Brazlândia informou que não emite certificado de licenciamento para empresas, pois a ação deve ser feita no Sistema Registro de Licenciamento de Empresas (RLE). O órgão acrescentou que, na verdade, fica responsável apenas pela “análise de viabilidade de endereço”, etapa anterior ao licenciamento.

Em nota, Administração de Brazlândia acrescentou que aguardará a conclusão do inquérito e, se necessário, tomará providências.

O militar Marcos Aurélio Martins afirmou que, assim que convocado, prestará esclarecimentos pessoalmente.

Até a última atualização desta reportagem, os responsáveis pelo clube de tiro não havia se manifestado.

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