1 de 1 Mãe e filha desaparecidas
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu a investigação do caso de mãe e filha brutalmente assassinadas, no córrego da Coruja, no Sol Nascente. As duas foram mortas em 9 de dezembro do ano passado por Jeferson Barbosa, indiciado por homicídio duplamente qualificado, aborto e ocultação de cadáver.
Os corpos de Shirlene Ferreira da Silva, 38 anos, grávida de 4 meses, e da filha dela, Tauane Rebeca da Silva, 14, só foram encontrados no dia 20 do referido mês. No período, elas foram dadas como desaparecidas.
O principal suspeito do crime foi preso na Bahia no início de fevereiro e teve a prisão preventiva decretada posteriormente. Além dele, um amigo de Jeferson foi detido pois estava com mandado de prisão preventiva em aberto. Segundo a PCDF, o homem, de 40 anos, estava ameaçando testemunhas que colaboravam para a investigação. Ele vai responder pelo crime de coação no curso do processo.
Confira a história do assassinato brutal:
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Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e a filha Tauane Rebeca da Silva, 14 anos, desapareceram no dia 9 de dezembro, após saírem para tomar banho em um córrego no Sol Nascente. Shirlene estava grávida de 4 meses
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A última pessoa a ter contato com as duas foi Lucas, 12 anos, filho caçula da mulher
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Assim que seu pai, Antônio Batista, chegou do trabalho, o menino o alertou sobre o sumiço das familiares. Segundo o relato do jovem, a mãe pegou mochila, toalha amarela listrada, guarda-chuva e biscoito, e saiu com a irmã dele para o córrego, mas as duas não retornaram
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Após contatar a família e não obter retorno quanto ao paradeiro da esposa e filha, Antônio Batista, marido de Shirlene, acionou os bombeiros. As buscas começaram no mesmo dia
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No entanto, somente em 11 de dezembro, terceiro dia de investigação, a primeira pista surgiu. Segundo os bombeiros, cães encontraram chinelo e um guarda-chuva que, de acordo com Antônio, pertenciam às vítimas
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O quarto dia de buscas foi marcado pela informação de que Shirlene e a filha estariam em uma igreja em Samambaia, o que chegou a interromper a procura. Como a informação não se confirmou, as buscas foram retomadas
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Devido ao clima chuvoso e ao difícil acesso ao local, as buscas precisaram ser interrompidas por diversas vezes
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Em 14 de dezembro, sexto dia de busca, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu nova linha de investigação e passou a trabalhar com a hipótese de as duas terem fugido para o Piauí, terra natal de Shirlene
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Após oito dias e sem qualquer pista sobre o paradeiro de mãe e filha, os bombeiros encerraram a procura e as investigações ficaram apenas com a Polícia Civil do DF
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Em 18 de dezembro, no entanto, uma testemunha ocular informou à polícia que viu Shirlene e a filha descendo para o córrego. Com isso, as buscas foram retomadas
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Em 20 de dezembro, 11 dias após o desaparecimento, a PCDF encontrou os corpos das vítimas, cobertos por folhas, às margens do córrego
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A região onde os corpos foram encontrados é a mesma onde Cleonice Marques de Andrade, uma das vítimas de Lázaro Barbosa, foi morta pelo maníaco que aterrorizou o DF e o Entorno, em junho
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À época, a PCDF cogitou a possibilidade de que Shirlene e a filha poderiam ter sido vítimas de latrocínio, já que a mochila que elas levavam não foi encontrada
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Perto dos corpos das vítimas foi encontrada uma camiseta cinza que não pertencia a elas. O objeto foi enviado para o Instituto de Criminalística da PCDF
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De acordo com a polícia, os cadáveres estavam em avançado estado de decomposição. A corporação realizou perícia nos corpos e na área
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Saiba quem é Jeferson Barbosa:
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Quase dois meses após o crime, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou o suspeito de matar Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, e Tauane Rebeca da Silva, de 14 anos, em um córrego do Sol Nascente, no fim de 2021
Divulgação/PCDF
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Com base no depoimento de duas testemunhas, os policiais identificaram o suspeito e obtiveram informações com o irmão do criminoso
PCDF
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O autor do duplo homicídio é Jeferson Barbosa dos Santos, 25 anos. O criminoso fugiu do Distrito Federal, na companhia da esposa, e foi preso na Bahia
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Natural do município de Bom Jesus, no Piauí, Jeferson saiu do DF acompanhado da esposa, sob a justificativa de que iria passar o Natal na Bahia
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O homem tem passagem pela polícia do DF por lesão corporal e já foi vítima de tentativa de latrocínio. Agora, ele também foi indiciado por homicídio, aborto – uma vez que Shirlene estava grávida e perdeu o bebê – e ocultação de cadáver
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Barbosa morava próximo ao Córrego da Coruja, onde os corpos foram encontrados cobertos por folhas. O autor trabalhava com o irmão, como carroceiro e catador de material reciclável
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Testemunhas viram Jeferson a caminho do córrego onde mãe e filha tomavam banho. Ele costumava dizer que ia ao local para "se dar bem com mulheres"
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Segundo investigações da polícia, o suspeito era amigo do maníaco Lázaro Barbosa e se gabava da amizade que ele tinha com o homem acusado de matar quatro pessoas em uma chácara no DF
Reprodução/PCDF
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O delegado responsável pelo caso relatou que moradores da região disseram que eles eram vizinhos e, juntos, praticavam vários crimes naquela localidade
“Os interrogatórios do investigado Jeferson Barbosa, foram culminantes para nós termos certeza de que Jeferson foi o autor dos crimes perpetrados contra as vítimas”, disse o delegado-adjunto da 19ª DP, Thiago Peralva.
O homem, de 25 anos, prestou três interrogatórios e, segundo o delegado, em todos, mentiu.
No primeiro depoimento, o autor alegou que havia descido ao córrego para fumar maconha e encontrou um amigo chamado Kaio. Segundo Jeferson, ele teria ido embora, mas Kaio permaneceu no local, pois planejava roubar um celular.
“Jeferson disse, inclusive, que Kaio estava armado com uma faca”, revela o delegado. “Kaio, na verdade, não era amigo de Jefferson e sim, teria adquirido uma motocicleta de Jeferson no final do ano passado”.
A investigação apontou que o suposto amigo acabou indicado como suspeito do crime por possuir uma dívida de R$ 400 com Jeferson. “No segundo interrogatório, ele confirmou que havia mentido e, mais uma vez, disse que jamais teria visto as vítimas”, informa Peralva.
Apenas no terceiro depoimento, o suspeito revelou que viu mãe e filha no córrego, mas que as duas estavam na companhia de um homem que portava uma arma de fogo caseira e uma faca. “Ele afirma que também foi rendido por esse indivíduo e obrigado a caminhar no interior do matagal junto com as vítimas”, completa o delegado.