PCDF faz operação contra fraude em venda de lotes de programas do GDF
Segundo as investigações, há envolvimento de servidores e ex-servidores públicos, além de associações e cooperativas habitacionais
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal, com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrou nesta sexta-feira (21/12) a Operação Alto Comando, que investiga irregularidades na venda de lotes de programas do GDF, com envolvimento de servidores públicos.
Quatro pessoas foram presas. Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, na sede da Administração Regional de Santa Maria e na sede da Companhia Habitacional do Distrito Federal (Codhab).
Diligência da Divisão de Repressão à Corrupção e aos Crimes contra a Administração Pública (Dicap) apontou para a existência de um grupo criminoso especializado na venda ilegal de imóveis destinados a programas habitacionais, situados na QR 119, em Santa Maria.
De acordo com a PCDF, fazem parte do esquema integrantes de entidades habitacionais (associações e cooperativas), corretores de imóveis, servidores da administração regional de Santa Maria e ex-servidores da Codhab.
Há indícios, também, da atuação do mesmo grupo criminoso em vendas irregulares de lotes do programa Pró-DF na cidade.
A Polícia Civil informou que são mais de 200 lotes habitacionais destinados à QR 119 e que os terrenos eram oferecidos pelo grupo criminoso por aproximadamente R$ 70 mil cada. Já os lotes do Pró-DF eram comercializados irregularmente pelo bando por valores entre R$ 800 mil e R$ 3 milhões, dependendo do tamanho e da localização.
As buscas visam à obtenção de elementos probatórios em endereços de alguns investigados. Nesta apuração, há indícios da ocorrência de crimes como estelionato majorado, associação criminosa, corrupção passiva e ativa.
O nome da operação é em referência ao fato de os investigados se autointitularem membros do Alto Comando da região de Santa Maria.