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PCDF faz megaoperação contra grupo que induzia suicídio em todo o país. Há mortes em Brasília

Segundo as apurações da Polícia Civil, os criminosos ensinavam às vítimas diversas maneiras de tirar a própria vida

atualizado

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Grupo que divulgava diferentes maneiras de cometer suicídio foi preso, na manhã desta quarta-feira (29/9), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Investigação conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) resultou em mandados de prisão e busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no interior paulista.

Segundo as apurações, os criminosos ensinavam como tirar a própria vida. A diligência teve início com a morte de uma jovem, de 19 anos, em 3 de fevereiro deste ano, no Paranoá. O crime ocorreu na residência da vítima. A mulher faleceu após consumir uma substância tóxica para o ser humano. Ela ingeriu, em tese, com o intuito de testar os efeitos em seu organismo para possibilitar um futuro possível autoextermínio.

Ao perceber que os efeitos da substância se agravavam, a vítima gritou pelos pais e revelou o que aconteceu. Os pais, então, acionaram uma equipe do Corpo de Bombeiros, que rapidamente chegou e prestou os primeiros atendimentos de urgência, levando a jovem ao Hospital da Região Leste. A jovem, contudo, morreu na unidade saúde, às 3h40.

No curso das investigações, verificou-se que a vítima integrava um grupo de WhatsApp denominado “CTBus” (catch the bus, expressão em inglês utilizada para se referir ao cometimento de suicídio), no qual os membros apresentavam orientações para a realização do ato extremo. Eles também usavam a Dark Web e o Telegram para propagar o conteúdo proibido.

A PCDF constatou que os investigados associaram-se virtualmente, de forma estável e permanente, para instigar pessoas suscetíveis à prática do autoextermínio, bem como auxiliá-las. Foram identificados quatro integrantes mais atuantes e envolvidos com o caso registrado no DF. Eles fomentaram a ideação suicida da vítima, o que culminou com a prática do ato extremo por parte da jovem.

O Metrópoles apurou que, na casa de um dos investigados, no interior de São Paulo, foram apreendidos um frasco com uma substância tóxixa, celulares e computadores. Os mandados foram cumpridos com auxílio da Polícia Civil de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Goiás.

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Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

Arte/Metrópoles

 

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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