metropoles.com

PCDF: empresário condenado por jogar mulher de hotel há 14 anos levava vida de luxo

Carlos Humberto Montenegro foi julgado por empurrar a modelo Patrícia Melo. Segundo denúncia, ela teria recusado assédio dele

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PCDF/Reprodução
PCDF.Reprodução
1 de 1 PCDF.Reprodução - Foto: PCDF/Reprodução

Preso após ser condenado por empurrar Patrícia Melo, 21 anos, do 14º andar de hotel de Brasília, há 14 anos, o empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, 59, levava vida de luxo em Belém (PA), onde foi preso nessa quinta-feira (22/08/2019). A informação é da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Segundo o delegado-chefe da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Gerson Sales, no momento em que foi preso, em Belém (PA), o empresário dirigia uma Land Rover Discovery – avaliada em R$ 415 mil – em uma das vias mais movimentadas da cidade, a Avenida Independência.

“A informação que temos é de que ele era empresário do ramo de limpeza e segurança privada, levava uma vida de luxo, morando em uma casa enorme com dois carros caros, uma Land Rover Discovery e um Hyundai Azera, além de uma lancha”, explicou o policial.

De acordo com Sales, a informação do paradeiro do homem foi fornecida pela Polícia Civil do Amapá, que investigava o caso, pois vítima e condenado eram naturais do estado e, na data do crime, estavam hospedados em um hotel de Brasília.

Antes que a prisão fosse realizada, os investigadores informaram ter consultado a situação de Montenegro junto à Justiça e constava mandado de sentença condenatória definitiva expedido pela Vara de Execuções Penais do DF (VEP-DF), em 2018, pelo crime do qual foi condenado. A sentença tinha validade até 2028, conforme disse o delegado.

A prisão

O empresário foi preso pela PCDF na noite dessa quinta-feira (22/08/2019). Condenado a pena de 13 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio, Montenegro estava foragido, segundo a PCDF, desde setembro de 2018, quando foi transitada em julgado sua condenação e expedido o mandado de prisão definitiva pela VEP-DF. O crime ocorreu em janeiro de 2005.

Veja vídeo divulgado pela PCDF:

 

O empresário, após ter sido preso, novamente alegou inocência, e foi recolhido ao sistema carcerário do Pará. A Polícia Civil do DF informou ainda que ele é investigado por diversos crimes contra a administração pública praticados no estado do Amapá e havia sido preso em 2009 pela Operação Exérese da PF.

A operação foi batizada de Diké, em referência à deusa da justiça, conhecida como a vingadora dos violadores da lei. Apesar de a prisão ter sido realizada pela PCDF por crime cometido em Brasília, o empresário não ficará preso na capital. “Nossa intenção é de que ficasse por aqui, mas não é isso que irá ocorrer. Ele vai cumprir a pena em Belém, acatando decisão da Justiça do Pará”, explicou Sales.

O outro lado

A defesa de Montenegro contesta as informações da PCDF. Segundo o advogado Thiago Machado, o empresário não estava foragido. “Em 2017, foi informado à VEP-DF o endereço do meu cliente em Belém”, afirmou. Disse, ainda, que há um recurso referente à condenação sendo discutido no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com Machado, a Polícia Civil do DF não teria competência para fazer a prisão, uma vez que em outubro de 2008 a VEP-DF declinou da competência do caso para a Justiça do Pará. “Para prendê-lo, precisariam de autorização de lá”, informou.

Reprodução/redes sociais
Carlos Humberto e Patrícia
O caso

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), Carlos Montenegro teria empurrado Patrícia para a morte depois que ela recusou investida sexual dele, versão que a defesa do empresário sempre negou. Quando foi assassinada, em janeiro de 2005, Patrícia Melo era empregada da empresa de seu algoz. Conforme a perícia, ela foi jogada de uma altura equivalente a 43 metros.

Na época, Montenegro contou que os dois tinham ido a um bar no Pier 21 e ele a deixou no hotel. Logo depois, ela teria se jogado da janela. Ele ainda argumentou que a jovem sofria de depressão.

Na denúncia do MP, entretanto, consta outra história: “O denunciado, contudo, descontente com a recusa, mas insistindo no propósito de tê-la a qualquer custo, houve por bem em trazê-la para Brasília, com o propósito dissimulado, vindo ambos a se hospedar no mesmo quarto, num hotel de luxo da capital. Ocorre, porém, como a vítima não cedeu ao assédio, recusando-se a com ele permanecer na cidade (não tinha completado nem 24 horas em Brasília), o denunciado, em revide, a lançou do alto do 14º andar do prédio, pela sacada do quarto abaixo”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?