PCDF conclui laudo sobre servidora atropelada em briga de trânsito
Segundo o Instituto de Criminalística, motorista poderia ter evitado passar por cima do corpo da vítima após o choque inicial
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) entregou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) o laudo produzido pelo Instituto de Criminalística sobre o atropelamento da servidora Tatiana Matsunaga pelo advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, no Lago Sul.
O atropelamento aconteceu no dia 25 de agosto de 2021 e foi flagrado por câmeras de segurança. Na ocasião, o advogado e a mulher tiveram uma briga de trânsito. Ele, então, perseguiu Tatiana até a porta da casa dela, onde a atropelou na frente do marido e do filho de 8 anos.
O laudo produzido pela PCDF afirma que o advogado não conseguiria ter evitado o atropelamento, em função da velocidade e distância da vítima. No entanto, o mesmo documento aponta que seria possível Paulo Ricardo ter evitado passar por cima do corpo de Tatiana após o choque inicial.
Servidora atropelada após briga de trânsito tem sequelas neurológicas
Veja o que diz o relatório do Instituto de Criminalística:
O laudo foi anexado ao processo após audiência na quarta-feira (30/3). Na ocasião, a Corte ouviu seis testemunhas e interrogaram o acusado, então, a defesa de Paulo Ricardo pediu para que o laudo fosse levado em consideração antes das alegações finais.
O relatório, no entanto, já havia sido requisitado pelo diretor do Instituto de Criminalística, em 18 de março, para complementar a ocorrência policial da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).
Sequelas
Em outro laudo apresentado à Justiça, consta que Tatiana ficou com sequelas neurológicas após o atropelamento. O relatório afirma que a servidora tem confusão mental, episódios de “amnésia retrógrada, delírios persecutórios e alucinações visuais”. Além disso, “Tatiana demonstra alteração da consciência da atividade do eu, o que pode gerar intenso sofrimento psíquico.”
“Ela tem prejuízo da manutenção da atenção e defeito de campo visual esquerdo; leve hemiparesia esquerda (paralisia que impossibilita movimentos); prejuízo da sensibilidade em parte da face e no corpo esquerdo; e tem relato de diplopia (visão dupla de um só objeto)”, relata outro trecho.
Veja imagens do atropelamento: