PCDF começa a distribuir 5 mil pistolas Glock para policiais da corporação
Segundo Polícia Civil, compra tem por objetivo investir em uma polícia preparada, técnica e tecnologicamente pronta para combater o crime
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) começou a distribuir aos servidores da corporação 5 mil pistolas austríacas da marca Glock. Os três diferentes modelos – G17 (padrão), G19 (compacta) e G 26 (subcompacta) – serão usados por homens e mulheres policiais que desempenham funções como agentes, escrivães, delegados, papiloscopistas, policiais de custódia e peritos, seja para o porte ostensivo ou para o trabalho velado de investigação.
Os 5 mil kits são compostos pelos seguintes itens: pistola 9 mm semiautomática nova de primeiro uso, acompanhada de seu respectivo carregador e três carregadores sobressalentes.
De acordo com o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido, as pistolas Glock são mundialmente conhecidas entre as melhores armas de fogo da categoria, utilizadas pelas polícias de diversos países. “A aquisição feita pela Direção Geral tem por foco o investimento em uma polícia bem preparada, técnica e tecnologicamente, para a pronta resposta no combate ao crime”, afirmou.
A compra feita pela PCDF também englobou um coldre velado e um ostensivo, além de porta-carregador duplo; conjunto de manutenção/limpeza; maleta de transporte individual da pistola; e manual de instruções em português brasileiro, conforme especificações e condições estabelecidas no termo de referência constante do anexo I do edital de aquisição.
Em maio de 2018, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) ajuizou ações civil pública e criminal contra a empresa Forjas Taurus S/A, que forneceu armas de fogo para a Polícia Civil brasiliense. Segundo denúncias, o material comprado apresentava risco de disparos acidentais no caso de queda ao chão. Por conta dos problemas, o MPDFT pediu pagamento de indenização de R$ 11.656.223,90 por dano moral e recomendou à corporação que recolhesse as armas adquiridas pela PCDF em 2014.
O outro lado
Em nota, a empresa informou que foi proferida sentença que julgou totalmente improcedente a ação civil pública proposta em 2018 pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios contra a Taurus, em que se alegava a existência de defeitos em pistolas fornecidas à Polícia Civil do Distrito Federal no ano de 2014.
Após minuciosa análise dos fatos e provas produzidas nos autos, o Juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública do DF concluiu que as pistolas fornecidas pela Taurus à PCDF atendem aos padrões nacionais exigidos e que inexistem evidências técnicas de que os supostos vícios apontados pelo MPDFT seriam defeitos de fabricação no armamento.
Os laudos técnicos confeccionados de acordo com as normas técnicas aplicáveis demonstraram o satisfatório funcionamento destas armas. “O Magistrado ainda destaca os alertas feitos pela fabricante em seus manuais sobre os riscos inerentes ao manuseio de armas de fogo, bem como sobre os cuidados que deve se ter no uso e manutenção do produto”, aponta a nota.
Não houve, assim, segundo a empresa, comprovação de descumprimento contratual pela Taurus, que chegou inclusive a ofertar uma manutenção em todo o armamento fornecido à PCDF sem custos, o que não foi levado adiante por desinteresse da corporação.