PCDF apura se servidor do TRT obtinha imagens de pornografia infantil pela deep web
A camada da internet que não pode ser acessada por meio de mecanismos de busca é uma das ferramentas mais usadas por pedófilos
atualizado
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Investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apuram se o servidor do Tribunal Regional de Trabalho (TRT) preso em flagrante por armazenar vídeos e fotos envolvendo pornografia infantojuvenil obtinha os arquivos por meio de acesso à deep web. A camada da internet que não pode ser acessada por mecanismos de busca é uma das ferramentas mais usadas por pedófilos para o compartilhamento de imagens com esse conteúdo criminoso.
Quando os policiais entraram no apartamento do servidor, em um prédio de Águas Claras, para cumprir o mandado de busca e apreensão, o acusado estava dormindo. Vários equipamentos de informática, como computadores, notebooks e HD externo, contendo materiais relacionados à pedofilia foram apreendidos. Os investigadores irão aprofundar a apuração e tentar identificar como o suspeito agia quando estava na frente do computador.
De acordo com o delegado Dário Taciano de Freitas Júnior, a investigação buscará esclarecer se há outras pessoas envolvidas no crime.
“Vamos envidar esforços no sentido de rastrear todos os vestígios deixados pelo indivíduo, sobretudo na internet. Nessa perspectiva, será realizada verificação de participação em grupos com finalidade de compartilhamento de fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena pornográfica envolvendo criança ou até mesmo adolescente, inclusive se a atuação se dá por intermédio da deep web”, explicou.
Veja imagens das buscas feitas na casa do servidor:
Investigação continua
A investigação é consequência de uma série de outras apurações de crimes de pedofilia e pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Desdobramentos podem ocorrer, caso outros suspeitos sejam identificados. A prisão do servidor do TRT ocorreu no âmbito da Operação Coleciona-Dores, que contou com o apoio de peritos do Instituto de Criminalística (IC) da PCDF.
O servidor preso tem 49 anos. Ele foi conduzido até a DRCC e, em razão dos elementos coletados, acabou encaminhado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Devido às vítimas serem crianças e adolescentes, o nome do acusado não foi divulgado.
De acordo com o delegado da DRCC, Dário Taciano de Freitas, quem oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo menores de idade responderá por crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) cuja pena é de 3 a 6 anos de prisão.