metropoles.com

PCDF apura se Naja que picou universitário foi alvo de tráfico de animais

Ibama também participa da apuração e afirma que serpente pode ter sido trazida de forma ilegal para o Brasil, configurando o tráfico

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material Cedido ao Metrópoles
Naja que picou estudante de veterinária no Gama
1 de 1 Naja que picou estudante de veterinária no Gama - Foto: Material Cedido ao Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) abriram investigação para identificar a forma como a cobra Naja kaouthia que picou um universitário na manhã desta quarta-feira (8/7) chegou ao Brasil.

Na lista das serpentes mais venenosas do mundo, o paradeiro da Naja ainda é desconhecido. Quem criava o animal exótico era o universitário Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos. Ele está internado em coma induzido na UTI do hospital Maria Auxiliadora, no Gama.

A suspeitas de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos.

No DF, segundo o Ibama, não existe registro, nos últimos anos da entrada legal de uma serpente desta espécie. “Vamos apurar a procedência desta cobra, que naturalmente  não chegou ao DF pelas vias normais de importação”, afirmou uma fonte policial ouvida pelo Metrópoles.

De acordo com informações do Ibama, trata-se do primeiro caso de pessoa picada por uma cobra Naja em solo brasileiro. Principalmente pelo fato de o habitat da cobra se estender  por toda a África, sudoeste, sul e sudeste Asiático, bem distante do continente brasileiro.

6 imagens
Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro
Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada
A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo
1 de 6

Pedro é estudante de medicina veterinária

Arquivo Pessoal
2 de 6

Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

Material Cedido ao Metrópoles
3 de 6

Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

Material Cedido ao Metrópoles
4 de 6

No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

Material Cedido ao Metrópoles
5 de 6

Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

Material Cedido ao Metrópoles
6 de 6

A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

Material Cedido ao Metrópoles
Único soro 

Especializado na produção de soro antiofídico, o Instituto Butantan, sediado em São Paulo, encaminhou para o DF a única amostra de soro produzido a partir do veneno da Naja para que a vacina fosse aplicada no universitário. Segundo informações do instituto, a pandemia provocada pelo novo coronavírus afetou a importação da matéria-prima usada para a produção dos antídotos.

Pedro Henrique estuda medicina veterinária com ênfase em animais silvestres e exóticos. De acordo com informações dos familiares, o estudante teve reação negativa ao soro e o procedimento ficou suspenso até que o paciente volte a ficar estável.

Metrópoles apurou que Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Pedro Henrique está com insuficiência respiratória e, por isso, foi submetido à intubação. O quadro é considerado grave. Ele está com ventilação mecânica e sonda. Os médicos devem voltar a aplicar o soro ainda nesta quarta-feira (8/7).

UnB

Por meio de nota, a Universidade de Brasília (UnB) disse que Pedro Henrique não é estudante da instituição. “O rapaz faz estágio na área de animais silvestres da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, mas o incidente não ocorreu na UnB (nem no local onde ele atua nem em outra área da Universidade). O animal não pertence à UnB”.

“De todo modo, a UnB manifesta solidariedade ao jovem e a seus familiares e deseja sua pronta recuperação. Também aproveita para ressaltar a importância da cautela no trato com animais, em qualquer situação”, dizia a nota.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?