PCDF apura se jovem picado por Naja usava cobras em pesquisas clandestinas
A Polícia Civil do DF apura se universitário integra grupo de estudantes de veterinária interessado na comercialização de animais exóticos
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga se o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul integra organização criminosa formada por estudantes da área interessados na comercialização de animais exóticos para realização de pesquisas clandestinas.
Lehmkul está internado em unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, após ter sido picado por uma Naja kaouthia.
De acordo com investigadores da 14ª Delegacia de Polícia (Gama), responsável pelas apurações, um amigo do jovem teria ajudado a “sumir” com a cobra da residência onde Pedro mora.
“Obtivemos essa informação de que um amigo teria recebido todas as cobras desse estudante e teria deixado uma [a Naja] nas proximidades do Píer 21. As outras foram encontradas em um lar em Planaltina”, explicou o delegado-adjunto Ricardo Bispo Farias.
A PCDF recebeu informações de que a dupla faria parte de um grupo de estudantes de veterinária interessados em colecionar os animais exóticos. “Eles supostamente teriam esses animais porque têm interesse para fins de pesquisa. Tudo sem autorização”, acrescentou Farias.
Mais cobras encontradas
Nesta quinta-feira (9/7), mais 16 cobras sem documentação foram encontradas pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) mantidas em cativeiro em Planaltina. Escondidas dentro de uma baia de cavalo, em um terreno do Núcleo Rural Taquara, elas foram levadas à 14ª DP, no Gama.
Tudo indica que há relação desse local com a Naja que picou o estudante Pedro Henrique. “Muito provavelmente relacionada com aquela serpente apreendida ontem. Com muito trabalho das nossas equipes, logramos êxito em encontrar essa localidade”, disse o comandante do BPMA, major Elias Costa.
Veja imagens das outras serpentes e da operação: