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PCDF apura se avó presa por estuprar netos integra rede de pedofilia

Suspeita surgiu após policiais civis localizarem grande quantidade de arquivos com fotos e vídeos dos abusos

atualizado

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violência sexual
1 de 1 violência sexual - Foto: iStock

A 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) investiga se a mulher de 53 anos presa acusada de estuprar os netos pertence a uma organização nacional ou até mesmo internacional de pedofilia. A suspeita surgiu porque os policiais localizaram grande quantidade de arquivos com fotos e vídeos dos abusos, que ocorriam há cerca de três meses. As vitimas são três meninas, de 1, 2 e 4 anos, e um menino de 6.

De acordo com o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes, a polícia também investiga se a filha mais nova da mulher, uma jovem de 17 anos, sofreu violência sexual.

“A família terá que prestar novos depoimentos. Também vamos fazer novas buscas na casa da suspeita. Sabemos que ela possui mais um computador na casa de um terceiro. Faremos uma varredura total, para identificar trocas de e-mails, mensagens de celular ou acesso em sites ilegais”, explicou Fernandes. “O nosso objetivo é saber se há mais vítimas e, se além de armazenar, ela também compartilhou o conteúdo proibido”, completou.

De acordo com a PCDF, os abusos começaram após a mãe dos meninos conseguir emprego e deixar os filhos aos cuidados da avó. Familiares começaram a perceber um comportamento erotizado por parte das crianças e tentavam descobrir a origem das atitudes.

Um parente desconfiou e resolveu investigar o que ocorria enquanto os netos ficavam sozinhos com a avó, quando descobriu fotos e vídeos filmados pela abusadora, nos quais ela aparece fazendo sexo e atos libidinosos com os netos.

“O caso chocou todos os policiais da 19ª DP, e várias equipes foram mobilizadas para localizar e prender, imediatamente, a autora dos crimes, pois a liberdade de alguém que pratica algo tão grave contra os próprios netos certamente coloca em risco toda a população”, comentou o delegado-chefe adjunto da 19ª DP, Ricardo Bispo Farias.

Tão logo soube que os filhos eram vítimas da própria avó, a mãe das crianças denunciou o crime aos policiais. Os agentes seguiram imediatamente para a casa da suspeita, que mora no Recanto das Emas, e localizaram um vasto acervo de pornografia infantil no celular da acusada, no qual ela aparece fazendo sexo oral no menino de 6 anos e manipulando a genitália das outras três netas.

Ela foi presa em flagrante por manter consigo vídeos pornográficos com crianças. Além disso, um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de estupro de vulnerável praticado contra os quatro netos. No sábado (20/10), a mulher passou por audiência de custódia e foi encaminhada à Penitenciária Feminina do DF.

CPI da Pedofilia
A CPI da Pedofilia expôs na última quinta-feira (18) uma rede de abuso sexual infantil no Distrito Federal. A Operação Erástes, deflagrada pela Polícia Civil, apreendeu 15 celulares com mais de 145 grupos de WhatsApp nos quais mensagens com divulgação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes eram compartilhadas. Cada um tinha, em média, 200 participantes.

A CPI da Pedofilia também divulgou os resultados da segunda fase da Operação Crisálida, deflagrada no dia 2 de outubro, que investigou o aliciamento de menores de idade em regiões de baixa renda do DF e Entorno. A ação identificou o uso de salas de bate-bapo e sites de relacionamento para fins de exploração sexual.

De acordo com denúncias, algumas páginas de redes sociais chegaram a ofertar programas com adolescentes no valor de até R$ 2 mil. Uma organização criminosa local estaria envolvida no esquema.

A CPI identificou sites, como o Meu Patrocínio, nos quais pessoas procuravam jovens a partir de 12 anos para os programas. Ninguém foi preso até agora. Antes de os suspeitos serem indiciados, segundo representantes da comissão, é necessário que a perícia determine a participação de cada um dos grupos.

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