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PCDF apreende BMW, Corvette, lancha, armas e R$ 100 mil de empresários

Donos de mercados são suspeitos de lavagem de dinheiro e sonegar impostos. Investigações apontam prejuízo de mais de R$ 12 milhões ao fisco

atualizado

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A Polícia Civil apreendeu 12 carros de luxo – entre eles, duas BMW e um Corvette –, R$ 100 mil em espécie, uma lancha de 32 pés, uma moto Harley-Davidson e duas armas durante operação contra a sonegação de impostos no Distrito Federal. Os bens são de donos de supermercados do DF, suspeitos de usarem empresa de fachada para enganar o fisco local. O prejuízo estimado aos cofres públicos supera R$ 12 milhões.

“O dinheiro sonegado pertence ao cidadão, mas estava sendo usado para bancar uma vida de luxo”, destacou o delegado Rafael Catunda, da Coordenação Especial de Combate a Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes Contra a Administração Pública e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Cecor). “Sabemos que outros mercados faziam transações semelhantes. Novas investigações estão em andamento”, completou.

Nesta sexta-feira (6/7), foram presos Hélio Felis Palazzo e Angelo Balsanulfo, das redes Supercei e Bellavia, e Pedro Henrique Briere, do Grupo Veneza.

Sócios e gerentes de uma empresa de distribuição e logística chamada IASS também foram alvos da Operação Invoice (que, em inglês, significa nota fiscal): Ézio Ezio Deusimar Teixeira Lima, Abílio Teixeira de Souza Neto, Marcus Vinícius Lima Teixeira Santos, Wellington Vieira do Nascimento, Elaine Marcelino da Silveira e Irisneide Aquino de Souza.

Os suspeitos, de acordo com a PCDF, negociavam produtos com fornecedores de outros estados, mas não emitiam as notas fiscais em nome próprio. Para burlar o fisco, teriam criado a IASS, que atuava para diminuir o preço cobrado do ICMS. Apesar do alto volume de transações, a Secretaria de Fazenda registrou apenas dois recolhimentos do tributo em nome da empresa, em 2016, no valor de R$ 3,820,54.

As diligências revelaram que a IASS, com sede em Samambaia Sul, tem movimentação financeira incompatível com o capital social e as instalações.

O esquema foi desmontado após sete meses de investigação e com a ajuda de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

Os agentes cumpriram, ainda, 22 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados no Sudoeste, em Vicente Pires, Águas Claras e Samambaia. A operação foi autorizada pela 1ª Vara Criminal de Samambaia. Na casa do dono do Supercei, Helio Felis Palazzo, foram encontradas duas armas sem registro. Além de ter sido preso, o empresário foi autuado por posse ilegal de arma.

Após autorizar prisões, busca e apreensão, a Vara Criminal de Samambaia determinou o sequestro de bens, bloqueio de contas e a quebra de sigilos fiscal e telefônico dos acusados.

As investigações começaram depois de auditoria realizada pela Secretaria de Fazenda, que apoia a operação, além da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Tributária (PDOT).

O Super Veneza informou que não vai se pronunciar. O Metrópoles tenta contato com representantes das demais empresas citadas pela Polícia Civil do Distrito Federal.

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