PCDF apreende arma e afasta agente que atirou em delegada em bar
Rodrigo Rodrigues Dias usava uma pistola Glock 9mm com oito munições e um carregador. Ele foi afastado temporariamente por 30 dias
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) afastou temporariamente, pelo período de 30 dias, o agente de custódia Rodrigo Rodrigues Dias (foto em destaque), preso em flagrante após atirar em uma delegada e agredir uma mulher durante uma briga num bar em Vicente Pires. A arma dele também foi apreendida.
O caso ocorreu na madrugada de quarta-feira (27/12). Rodrigo chegou a ser detido por disparo em via pública, lesão corporal e vias de fato, mas foi liberado após audiência de custódia.
A ocorrência foi inicialmente registrada na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) e depois encaminhada para apuração pela Corregedoria-Geral de Polícia (CGP).
Por meio de nota, a corporação informou ter instaurado procedimento disciplinar para detalhar o que aconteceu e determinar as devidas responsabilidades.
“O servidor está temporariamente afastado de suas funções, pelo prazo inicial de 30 dias, com a suspensão de seu porte de arma, com a devida retenção do armamento”, confirmou a PCDF.
Câmeras registraram a briga
Câmeras de segurança do estabelecimento registraram o momento em que o agente da PCDF agrediu as duas mulheres, sendo uma delas a delegada Karen Langkammer, que acabou baleada no pé.
No vídeo é possível ver o agente sentado ao lado de uma mulher e um colega. Ele puxa o cabelo da companheira, e os dois passam a se agredir. Logo em seguida, a vítima muda de lugar.
Momentos depois, a delegada aparece acompanhada de um homem e passa a repreender o agressor. Os envolvidos iniciam uma briga, e, em dado momento, o agente chega a sacar a arma dentro do bar e ameaça os clientes. Confira:
A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada. Os PMs viram que o suspeito estava atrás de um carro e tentaram negociar a rendição.
O homem colocou as mãos para cima e foi desarmado pelos policiais. Ele usava uma pistola Glock 9 mm e portava oito munições e um carregador. Ainda na quarta-feira, Rodrigo foi solto após passar por audiência de custódia.
Passagem por violência doméstica
Conforme apurado pela coluna Na Mira, Rodrigo já tinha passagem por crimes de violência contra a mulher.
Em 2018, a então companheira dele, uma sargento do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), denunciou o marido com base na Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, o policial é muito possessivo, ciumento e tem problemas com álcool. O casal tem duas filhas.
No dia da agressão, a militar relatou que Rodrigo Dias ficou nervoso porque ela não o acompanhou a uma festa de família. Segundo a vítima, ele chegou em casa bêbado e muito agressivo. Começou a xingar, agarrou-a pelos braços e deu uma chave de punho.
O homem também tentou enforcar a companheira, mas foi impedido por uma das filhas do casal. A mulher chamou a polícia, pediu medidas protetivas de urgência e foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda de acordo com a sargento, ela era ameaçada constantemente pelo marido.