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Adolescente assume ameaças a escolas do DF: “Massacre vai começar”

Irmãos de 13 e 15 anos foram levados para a DCA, mas o menor assumiu ter agido sozinho e acabou apreendido

atualizado

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Ameaça em Samambaia
1 de 1 Ameaça em Samambaia - Foto: PCDF/Divulgação

A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do DF, apreendeu dois adolescentes, um menino de 13 e uma menina de 15 anos, envolvidos em ameaça a escolas da rede pública de Samambaia. Ambos são irmãos. Após depoimento, a garota foi liberada.

Os menores foram localizados na QR 516 da região administrativa, nesta sexta-feira (22/3), e levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A unidade policial chegou aos irmãos após ser acionada pela Secretaria de Educação. As ameaças foram feitas no Instagram.

Em vídeo postado nas redes sociais, há imagens de pessoas armadas fazendo menção de realizar um “massacre” nos estabelecimentos de ensino. O menino de 13 anos, segundo ele mesmo confessou na delegacia, confessou ter pegado a gravação na internet e replicado. Ele teria ainda utilizado o telefone da irmã para disseminar as ameaças.

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Ameaças foram feitas por meio das redes sociais
Ameaças a escolas de Samambaia levaram policiais a suspeitos
Material apreendido pelos policiais civis
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De acordo com o delegado Giancarlos Zuliani Junior, da DRCC, ambos estudam em uma escola de Samambaia. O adolescente de 13 anos seria o responsável por criar uma página no Instagram com as ameaças. Entre as mensagens: “É melhor nem colar nas escolas amanhã porque o bagulho vai estourar”. Em outra, dizia: “Não adianta marcar polícia não porque nois mata (sic) eles também”. Em uma folha de papel apreendida, a frase: “Massacre vai começar”.

Mesmo tendo apagado a página, os policiais chegaram aos suspeitos. E o delegado diz que os pais também podem ser responsabilizados, inclusive responder na esfera civil, com possíveis indenizações por danos morais. “Já existem casos semelhantes na Justiça”, ressaltou.

Os pais contaram na delegacia que o adolescente de 13 anos é tímido e passa muitas horas do dia na frente do computador. Disseram ainda que jamais imaginavam que ele fosse capaz de bolar um plano com ameaças. O caso veio à tona uma semana depois do massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP).

As apreensões ocorrem dois dias depois o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, informar que inteligência do Governo do Distrito Federal (GDF) identificou 11 responsáveis por fazer ameaças na internet a escolas públicas do DF. “Queremos esclarecer que essas pessoas estão sendo monitoradas e serão responsabilizadas”, disse, na ocasião.

O secretário ressaltou que a maioria é adolescente. Torres avisou que os jovens seriam apreendidos e os adultos, detidos nos próximos dias. A intenção, de acordo com o secretário, é saber se as ameaças poderiam se concretizar ou se trata-se apenas de brincadeiras de mau gosto feitas na internet.

A Segurança também anunciou que 180 policiais militares reforçarão o patrulhamento nas imediações dos centros de ensino. A princípio, entre 40 e 50 colégios da rede serão contemplados com o efetivo extra. Em duplas, eles farão a segurança de alunos, professores e funcionários.

Temor entre pais de alunos
A notícia foi dada no momento em que aumentam os casos de ameaças de ataques a colégios na capital da República. Na segunda-feira (18), cinco alunos do Gisno usaram as redes sociais para anunciar um suposto ataque. Na terça (19), foi a vez de os pais do Centro de Ensino Fundamental 27 (CEF 27), de Ceilândia, ficarem assustados.

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Ameaças pelas redes sociais feitas por alunos do Gisno
Ameaças pelas redes sociais feitas por alunos do Gisno
Aulas chegaram a ser suspensas na segunda-feira (18) por conta das ameaças
Polícia Militar fez varredura no Gisno, que fica na 907 Norte
Na terça (19), batalhão da PMDF reforçou segurança na porta do colégio
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Aulas chegaram a ser suspensas na segunda-feira (18) por conta das ameaças

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Polícia Militar fez varredura no Gisno, que fica na 907 Norte

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Na terça (19), batalhão da PMDF reforçou segurança na porta do colégio

JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Na manhã de quarta-feira (20), eles ficaram receosos de deixarem seus filhos na escola por causa de boatos de que haveria uma explosão na instituição de ensino pública, localizada na QNR 1, e levaram as crianças de volta para casa.

Os PMs fizeram uma busca minuciosa e nada encontraram nas dependências da escola. “Na manhã desta quarta-feira (20), pais e estudantes ficaram assustados devido ao boato e optaram por não deixar as crianças na escola. Por isso, não houve aula no turno da manhã, e haverá reposição. À tarde, as aulas serão normais”, informou a pasta.

Varredura na Asa Norte
Na segunda (18), equipes da Polícia Militar também fizeram varredura no Gisno, na 907 Norte. Também pelas redes sociais, cinco alunos disseram que ocorreria um ataque ao colégio.

O caso é investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Um inquérito será instaurado para apurar a participação de um estudante maior de idade no episódio. Ele responderá por dois crimes: falso alarme e corrupção de menores. Caso seja condenado, ele pode pegar até quatro anos de prisão. Já os quatro adolescentes suspeitos de ameaça no Gisno, além de serem transferidos de colégio, terão o caso encaminhado à Vara da Infância e da Juventude.

 

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