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PCDF analisa cena do assassinato de padre com auxílio de caseiro

Funcionário da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte, também foi vítima dos criminosos que mataram o padre Kazimerz Wojn

atualizado

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1 de 1 padre_pcdf - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Investigadores da 2ª Delegacia de Polícia fazem a perícia na área da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte, na manhã deste domingo (22/09/2019). Com a ajuda do caseiro, José Gonzaga da Costa, de 39 anos, eles apuram o assassinato do padre Kazimerz Wojn, na noite desse sábado. O sacerdote foi estrangulado por bandidos, que reviraram a casa paroquial da igreja e levaram diversos pertences.

O caseiro, que cuidava da reforma, também foi feito refém pelos bandidos. O irmão dele Célio Gonzaga da Costa, que dormia no local na hora do crime, disse ao Metrópoles que o caso aconteceu logo após o religioso celebrar a missa das 18h30. Padre Casemiro, como é conhecido pelos fiéis, tinha ido fiscalizar uma obra que acontece no terreno da paróquia.

“Meu irmão contou que eram quatro criminosos. Eles pularam a grade, mas eu não ouvi porque estava dormindo. Acordei quando meu telefone vibrou por volta das 21h30. Foi quando ouvi meu irmão gritando socorro e fui acudir. Nesse momento eles fugiram”, revelou Célio.

José Gonzaga sofreu escoriações nos braços, mãos e foi transportado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) estável e orientado. Foi ele quem conseguiu gritar por socorro, afugentando os ladrões, segundo a corporação.

Padre Kazimerz foi encontrado morto, com os pés e as mãos amarrados, e com um arame envolto ao pescoço. O religioso também tinha uma lesão na cabeça, segundo a polícia. Ninguém havia sido preso até a última atualização desta reportagem.

O corpo do líder religioso estava do lado de fora da casa paroquial, que fica nos fundos da igreja. A polícia acredita que ele tenha sido morto dentro da residência e arrastado para o lado de fora posteriormente. Somente a perícia da Polícia Civil poderá confirmar as suspeitas.

Denúncias

Conhecido na comunidade como padre Casemiro, o pároco já havia alertado as autoridades policiais do DF sobre a nítida sensação de insegurança que rondava a região. Há cinco meses, em 21 de abril deste ano, em pleno Domingo de Páscoa, ladrões invadiram o templo e levaram o sacrário do altar. A peça havia sido doada há 20 anos e tem valor estimado em R$ 20 mil.

O religioso recebeu o Metrópoles na paróquia no dia seguinte à Páscoa. Apesar do alto valor financeiro, a preocupação do clérigo era com o interior do sacrário: havia uma âmbula com cerca de 70 hóstias consagradas, que são o corpo de Jesus Cristo aos católicos. O objeto foi encontrado dias depois, vazio, em um ferro velho, em Samambaia. “Tem o sentido de profanação. Existem pessoas que fazem essas coisas”, lamentou o pároco ao Metrópoles, na época.

No fim do ano passado, caixas de som foram roubadas na mesma paróquia, e o padre Casemiro ordenou, então, que fossem colocadas em um ponto mais alto, próximo aos vitrais, a fim de evitar novas investidas de criminosos.

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