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Polícia quer identificar cafetões de clínica do Conjunto Nacional

Medida é desdobramento de operação feita em shopping. Sete mulheres e cliente que mantinha relações sexuais na hora da batida foram à DP

atualizado

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Depois de deflagrar a operação que interditou uma casa de prostituição no shopping Conjunto Nacional na tarde de quinta-feira (28/9), a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) abriu inquérito para investigar casos de exploração sexual na clínica de massoterapia Toque Suave.

Ao todo, sete mulheres e um cliente que mantinha relações sexuais no momento da batida policial foram encaminhados à delegacia para serem ouvidos. O estabelecimento acabou lacrado pela Agência de Fiscalização (Agefis), por exercer uma suposta atividade estética sem licença de funcionamento.

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A clínica funcionava no sexto andar do Conjunto Nacional
Meias divisórias repartem a sala em cubículos, onde as atendentes faziam sexo com clientes
A luz azul tem o propósito de deixar o ambiente mais "sensual"
Pelo menos 10 policiais participaram da operação
Sete mulheres foram levadas para depor na delegacia
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A operação começou no início da tarde de quinta-feira (28/9)

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A clínica funcionava no sexto andar do Conjunto Nacional

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Meias divisórias repartem a sala em cubículos, onde as atendentes faziam sexo com clientes

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A luz azul tem o propósito de deixar o ambiente mais "sensual"

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Pelo menos 10 policiais participaram da operação

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Sete mulheres foram levadas para depor na delegacia

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Os investigadores querem rastrear os responsáveis pela Toque Suave

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Após a ação, a clínica foi interditada pela Agefis

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A Toque Suave fica no sexto andar do Conjunto Nacional

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A operação, que foi motivada por uma reportagem do Metrópoles publicada no último dia 15, tem como principal alvo identificar os responsáveis pelo local, que faturam com os programas sexuais negociados dentro da clínica de fachada. O estabelecimento funcionava há dois anos na torre comercial do shopping e registrava um movimento intenso de homens, principalmente no horário de almoço, entre as 12h e as 14h.

De acordo com Luiz Gustavo Neiva Ferreira, delegado da 5ª DP, os depoimentos das garotas encontradas na clínica ajudarão a materializar o crime de rufianismo, que envolve a atividade de exploração sexual.

A pessoa que gerencia o local não estava lá, mas também será alvo do inquérito. Queremos saber quem está tendo lucro com esses programas feito no estabelecimento. Vamos descobrir quem está por trás do esquema

Luiz Gustavo Neiva Ferreira, delegado da 5ª DP

Tráfico de armas e drogas
O delegado que acompanhou a operação ressaltou ainda que as investigações devem ser desdobradas para tentar localizar outras práticas criminosas que podem ter sido cometidas pelos donos da casa de massagens. “Naturalmente, onde ocorre a exploração sexual também costuma haver armas e existir tráfico de drogas. Tudo isso gira em torno desse tipo de atividade”, afirmou Ferreira.

Logo após a operação, fiscais da Agefis estiveram no local e lacraram a sala comercial onde funcionava a clínica. De acordo com o órgão, a Toque Suave não tinha licença de funcionamento. “Trata-se de uma atividade de risco, conforme estabelecido no Anexo VI do Decreto nº 36.948/2015, item 15. Portanto, foram encerradas imediatamente, sob pena de outras sanções legais”, disse a agência, por meio de nota enviada à reportagem.

O Conjunto Nacional informou que colabora com a PCDF prestando todos os esclarecimentos necessários. O shopping reforça ainda que “a atividade não condiz com os valores praticados pela companhia e reitera que as salas do 3º ao 6º andar não são de propriedade do centro comercial”.

Quando o Metrópoles noticiou a existência da clínica, a Toque Suave mantinha um site, que foi retirado do ar após a publicação da denúncia. Além de informações sobre os serviços, a página exibia fotos das profissionais que trabalhavam no local, em trajes mínimos e poses sensuais:

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Na internet, muitas garotas que trabalham nas clínicas também oferecem serviços sexuais de forma autônoma
As garotas costumam entregar 40% do valor cobrado pela massagem aos donos das clínicas
Todas as meninas são orientadas a manter os serviços da forma mais sigilosa possível
Uma denunciante procurou o Metrópoles para revelar um esquema de exploração sexual e ameaças contra garotas de programa
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Os serviços da clínica eram anunciados na internet

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Na internet, muitas garotas que trabalham nas clínicas também oferecem serviços sexuais de forma autônoma

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As garotas costumam entregar 40% do valor cobrado pela massagem aos donos das clínicas

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Todas as meninas são orientadas a manter os serviços da forma mais sigilosa possível

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Uma denunciante procurou o Metrópoles para revelar um esquema de exploração sexual e ameaças contra garotas de programa

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Nas ruas próximas ao shopping, cartões da "clínica" eram distribuídos: "Massagens sensuais"

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Clínica funcionava no sexto andar do Conjunto Nacional

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Placa indica a localização da clínica

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Como era a massagem
Quem entrava no local era convidado a sentar-se no estreito sofá da recepção, que mais se parece com um consultório. Poucos segundos depois, uma atendente voltava e explicava o funcionamento da clínica, anunciando os preços. “Fica em R$ 100, com finalização manual; R$ 160, oral e vaginal com uma gatinha; e R$ 200, com duas”, detalhou uma das jovens quando a reportagem esteve no local. Logo depois, ela chamava as garotas disponíveis e pedia que o cliente escolhesse com quem faria a massagem.

Em seguida, as profissionais orientavam o cliente a tirar a roupa e “ficar à vontade” em uma das cabines disponíveis. Os espaços são apertados, nada sofisticados, com uma cama de massagem, espelho e papéis de parede em estilo rococó. Havia, ainda, uma pequena bancada para guardar os pertences, dividindo espaço com um creme que poderia ser utilizado pela garota. Um puff e um par de chinelos completam o cenário.

Os ambientes eram iluminados com luz neon. Na cama, apenas um travesseiro. O fundo musical era um mix não muito relaxante: as canções que tocavam no ambiente se confundiam com o barulho de carros e motos na rua, do ar-condicionado e da campainha, sinalizando a chegada de um novo cliente, ou seja, um “vizinho” de cabine.

A privacidade era restrita, uma vez que as salas eram separadas por uma fina parede de madeira – que não chegava ao teto e, portanto, não bloqueava sons – e uma porta de correr, sem fechadura. Agora, toda essa estrutura ficará interditada, até segunda ordem.

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