Paulo Henrique Costa toma posse como novo presidente do BRB
Gestor assume o cargo em meio a investigação da Polícia Federal e do MPF sobre suposto esquema de corrupção na cúpula da instituição
atualizado
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O novo presidente do Banco de Brasília (BRB) tomou posse na quinta-feira (31/1). Paulo Henrique Costa assume a instituição com amplo currículo na área. Ele atuou por mais de 20 anos no mercado financeiro e ocupou diversas posições gerenciais no conglomerado da Caixa Econômica Federal, entre 2001 e 2018.
Costa foi: diretor-executivo de Controladoria; diretor de Administração, Finanças e Relações com Investidores na Caixa Seguridade; superintendente nacional de Administração de Risco Corporativo; e gerente nacional de Risco e Modelagem.
Escolhido pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Costa também já foi diretor de Controladoria e Compliance do Banco Pernambucano, entre 2011 e 2013. De 2005 a 2011, foi membro da Comissão Consultiva de Gestão de Riscos da BM&Bovespa.
Paulo Henrique Costa assume a presidência em um momento delicado do BRB, que está no centro de um escândalo de suposta movimentação de R$ 40 milhões em propinas e é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). O novo gestor terá pela frente a missão de recuperar a imagem do banco.
Operação Circus Maximus
De acordo com investigação do MPF e da PF, recai sobre empresários, funcionários públicos e agentes financeiros autônomos a suspeita de terem agido no sentido de obter vantagens ilícitas do BRB, um banco público que tem 96,85% das ações ordinárias controladas pelo Governo do Distrito Federal.
Com base na investigação da força-tarefa da Greenfield, do Ministério Público Federal, são citados três supostos esquemas fraudulentos: o Edifício Praça Capital, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA); o LSH Lifestyle Hotel, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro; e a reestruturação da dívida do jornal Correio Braziliense, que tem sede no Setor de Indústrias Gráficas (SIG).
Antecessor
Há fortes indícios de que Vasco Cunha Gonçalves, ex-presidente do BRB, é membro da organização criminosa supostamente liderada por Ricardo Leal no universo do Banco de Brasília. O esquema seria voltado para investimentos fraudulentos, demais delitos financeiros e recebimento de promessas de vantagem indevida.
Vasco foi nomeado presidente do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), mas renunciou ao cargo em carta escrita de próprio punho após a operação, na terça-feira (29/1). O conselho administrativo do Banestes escolheu o atual diretor de Tecnologia, Silvio Grillo, como interino, segundo a assessoria do governador capixaba, Renato Casagrande (PSB).