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“Passou a noite fumando pedra”, diz travesti após orgia com policial em motel do DF

De acordo com a apuração da PCDF, a travesti e três amigas foram abordadas pelo cliente quando estavam no ponto onde fazem programa

atualizado

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1 de 1 garota de programa - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O caso envolvendo ameaças de morte feitas por um agente da Polícia Civil do Pará (PCPA) contra uma travesti, após uma orgia ocorrida na suíte de um motel no setor industrial de Taguatinga Sul, na madrugada dessa quinta-feira (7/1), teve novos desdobramentos nesta sexta-feira (8/1). A investigação será tocada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), da Polícia Civil do DF (PCDF).

Na tarde desta sexta (8), a travesti Kaila Melody, 30 anos, esteve na unidade especializada para prestar depoimento e dar sua versão sobre os fatos. Ao Metrópoles, ela contou que antes de ser ameaçada de morte e ter uma pistola apontada para a cabeça, o policial fumou crack já dentro do quarto de motel.

“Ele, o policial é usuário de drogas. Fez uso de pedra durante grande parte da noite. Eu não uso nada, mas ele, somente ele, usou bastante”, disse.

De acordo com a apuração da PCDF, a travesti e três amigas foram abordadas pelo homem quando estavam no ponto onde fazem programa, nas proximidades da quadra CSG 10, por volta de 19h. Em seguida, o grupo seguiu para o motel. Horas depois, as três amigas deixaram o local e a travesti permaneceu na companhia do cliente, que chegou a se apresentar como delegado.

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As travestis circulam pelas ruas das quadras CSG, em Taguatinga Sul
Travestis fazem ponto nas proximidades dos motéis
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A região onde fica o motel é conhecido ponto de prostituição

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As travestis circulam pelas ruas das quadras CSG, em Taguatinga Sul

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Travestis fazem ponto nas proximidades dos motéis

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Câmeras de segurança

Todas as pessoas envolvidas na orgia, deverão ser intimadas para prestar depoimento. A PCDF deverá requisitar imagens registradas por câmeras de segurança do motel para confirmar a presença de todos que estiveram na suíte. Na delegacia, após o crime, Kaila contou aos policiais que passou em outro motel, onde costuma deixar suas coisas, e guardou R$ 300, referentes ao seu programa.

Em seguida, voltou para quarto e entregou o restante (R$ 680) para o policial civil do Pará. A confusão teve início quando o cliente notou que o valor da conta do motel ficou acima do que ele possuía em mãos. A travesti narrou que o falso delegado exigiu dela a devolução dos R$ 300 pagos pelo programa e passou a ameaçá-la com uma pistola, dizendo que iria matá-la. O policial pegou a bolsa da vítima, com todos os pertences, atrás do dinheiro. Ele teria pegado dois aparelhos celulares e R$ 80.

No momento em que a funcionária do motel foi ao quarto receber a conta, a travesti gritou para chamar a polícia, porque era mantida ali sob ameaça de morte pelo cliente. Alegando ser delegado, o homem conseguiu deixar o estabelecimento após ficar alguns minutos retido na portaria. Instantes depois, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) chegou ao local e levou a travesti até a delegacia para registrar ocorrência.

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