Parte da história do DF, Shopping Venâncio é revitalizado
A renovação foi capitaneada por André e Rafael Venâncio, filhos mais novos do fundador do prédio. Espaço agora conta com nova estrutura e nova proposta
atualizado
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Trinta e nove anos após sua inauguração, o Shopping Venâncio 2000 está de cara nova. Parte da história do DF e localizado em uma área nobre na Asa Sul, o prédio passou por reformas que custaram cerca de R$ 200 milhões nos últimos dois anos e agora pretende voltar a ocupar o espaço que já teve na mente dos brasilienses.
Antes prédio comercial, o renomeado Venâncio Shopping tem uma nova estrutura com o primeiro andar todo dedicado a lojas de roupas de festa, enquanto o segundo piso abriga estabelecimentos de turismo e eventos. O terceiro, consultórios de saúde e estética e, por fim, o quarto andar vai abrigar escritórios virtuais.
Cartórios, o Procon, a seção de emissão de vistos da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, universidades privadas, restaurantes, bancos, academia de ginástica, entre outros serviços também podem ser encontrados no edifício. As lojas estão abrindo aos poucos, mas, segundo os administradores, a maioria dos espaços já está ocupado.
A renovação foi capitaneada por André e Rafael Venâncio, filhos mais novos de Antônio Venâncio da Silva, fundador do prédio. Para eles, a revitalização do shopping é uma homenagem ao pai e a Brasília. “É um sonho dar prosseguimento à história da nossa família e reavivar um edifício que é símbolo da capital”, afirmam.
Um dos personagens dessa história foi o presidente a Associação Comercial do DF, Cleber Pires, que foi um dos primeiros funcionários a trabalhar no prédio. Em 1977, ano em que o Venâncio 2000 foi inaugurado, ele arranjou emprego em uma loja de equipamento esportivos no edifício, onde ficou por um ano e meio. Ver o prédio revitalizado é “acompanhar a história de Brasília”, diz.
Antônio Venâncio
Natural do Ceará, o empresário se mudou para Brasília em 1960, após um convite do amigo Juscelino Kubitschek e se tornou o maior construtor independente da história do DF. Além do Venâncio 2000, foi responsável pela edificação de diversos outros prédios que se tornaram famosos na capital e, no auge, chegou a acumular fortuna de R$ 500 milhões.
Depois da morte do patriarca, em 1997, os herdeiros de Antônio – cinco legalmente reconhecidos e dois por teste de DNA – entraram em uma disputa judicial pelos bens do pai. A briga se estendeu até 2005, quando eles resolveram repartir os bens entre si.