Parque da Cidade é o local onde pessoas menos usam máscaras no DF, diz MP
Vistoria do MPDFT mostra o desrespeito à obrigatoriedade de EPIs em centros comerciais e em parques. Casos de Covid-19 crescem na capital
atualizado
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Com 754 mortos e 65.677 infectados pelo novo coronavírus, os moradores de Brasília parecem ter perdido o medo da pandemia e deixaram de usar o Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para se protegerem contra a Covid-19. Inspeção realizada por força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) mostra que o uso de máscaras e o distanciamento social não têm sido cumpridos nos estabelecimentos comerciais e parques públicos da capital. Frequentadores do Parque da Cidade Sarah Kubitscheck são os que menos obedecem a medidas de segurança
A inspeção, realizada em junho, em shoppings, centros comerciais e em parques, mostrou o desrespeito às medidas obrigatórias e solicitou medidas mais rigorosas para a solução de problemas recorrentes como o mau uso das máscaras de proteção e o desrespeito ao distanciamento social.
O MPDFT oficiou, nesta quinta-feira (9/7), a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal) e do Esporte e Lazer, as administrações regionais de Taguatinga, do Guará, do Plano Piloto e os shoppings JK e Parkshopping. Todos têm cinco dias para informar as providências adotadas.
Negligência
Os ofícios com pedido de providências foram encaminhados após fiscalização nos shoppings JK, ParkShopping e no centro comercial Taguacenter, além dos parques Ezequias Heringer, no Guará; Olhos D’água, na asa Norte e Sarah Kubitschek, no Plano Piloto.
Em centro comerciais e parques, os peritos do MPDFT observaram grande número de frequentadores que negligenciam a obrigatoriedade do uso das máscaras e o distanciamento social.
A força-tarefa pede que o DF Legal faça a autuação dos estabelecimentos comerciais que não seguirem as determinações impostas pelo Decreto 40.817, que definiu as regras sanitárias para a liberação do funcionamento nesses locais.
Em caso de descumprimento, ficam sujeitos à suspensão do alvará de funcionamento durante o estado de calamidade pública e a possibilidade de interdição total ou parcial, além de outras medidas a depender das infrações verificadas.
Clientes e lojistas do centro comercial foram flagrados sem os equipamentos de proteção Individual (EPI) ou utilizando-o da maneira incorreta. Foi verificado que algumas lojas não estão obedecendo a restrição de pessoas e permitiam grande concentração de clientes, sem respeito às medidas de segurança individuais e coletivas.
“É preocupante a baixa adesão da sociedade brasiliense às medidas de proteção contra o novo coronavírus. Estamos no pico da pandemia, devemos fazer de tudo para que o nosso sistema de saúde consiga prestar atendimento à população em todos os níveis, inclusive nas UTIs, para todos aqueles que necessitem. E a disseminação da doença está diretamente associada às medidas de distanciamento social e ao uso dos equipamentos de proteção”, alerta o coordenador da força-tarefa, procurador de Justiça José Eduardo Sabo.
Levantamento
Na última quarta-feira (8/7), o Metrópoles mostrou em primeira mão que três em cada 10 pessoas não usam máscaras no Distrito Federal – o item de proteção tem por objetivo evitar a disseminação do novo coronavírus. Isso quer dizer que, segundo levantamento da Casa Civil do GDF, 30% dos moradores do DF ignoram o uso do acessório.
Segundo pesquisas, a máscara reduz em até 40% as chances de contaminação.
A reporragem entrou em contato com as assessorias dos locais citados, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.