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“Parem de nos matar”: em velório de policial morta por ex, mulheres pedem fim de feminicídios

Valderia da Silva Barbosa Peres trabalhava na Deam 2 e foi assassinada na sexta-feira (11/8) pelo ex-companheiro com 64 golpes de faca

atualizado

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tejo com viaturas da PCDF e helicóptero leva corpo de policial morta por ex a cemitério
1 de 1 tejo com viaturas da PCDF e helicóptero leva corpo de policial morta por ex a cemitério - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Membros do Instituto Mulheres Feminicídio Não (IMFN), órgão não governamental que luta pelo fim da violência contra a mulher, prestaram o último adeus a Valderia da Silva Barbosa nesta segunda-feira (14/8). A vítima foi morta pelo ex-companheiro Leandro Peres Ferreira, 46, que estava foragido desde o dia do crime, na última sexta-feira (11/8). O suspeito morreu após tiroteio com policiais militares de Goiás, nesta madrugada.

No velório da vítima, realizado no Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, as mulheres seguravam uma faixa com os dizeres: “Homens, parem de nos matar”.

Autoridades estiveram no velório, como o secretário de Segurança Sandro Avelar, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de deputadas federais e distritais.

Segundo a presidente da IMFN, Lúcia Erineta, a policial civil era quem as recebia na Delegacia da Mulher (Deam 2) para registrar boletins de violência doméstica. Para ela, a policial será lembrada como uma heroína.

“Ela combateu o feminicídio. Então, para mim, ela representa uma heroína”, resumiu Lúcia, emocionada.

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Polícia Federal intimou Michelle Bolsonaro a prestar depoimento no caso das joias
Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar presta condolências à família da policial civil vítima de feminicídio
Delegada Jane Klébia comparece ao velório da policial civil
Mulher cheira rosa em velório de Valderia da Silva Barbosa Peres, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2
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A vice-governadora do DF, Celina Leão, durante velório de Valderia

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Polícia Federal intimou Michelle Bolsonaro a prestar depoimento no caso das joias

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Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar presta condolências à família da policial civil vítima de feminicídio

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Delegada Jane Klébia comparece ao velório da policial civil

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Mulher cheira rosa em velório de Valderia da Silva Barbosa Peres, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2

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Placa com os dizeres: "Que a luz nos guie no combate à violência contra as mulheres"

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Policiais civis uniformizados participam de velório

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Velório de Valderia da Silva Barbosa Peres, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2

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Houve cortejo e diversas homenagens a Valderia

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Enterro de Valderia da Silva Barbosa

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O velório será realizado até as 16h

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Agentes mulheres da PCDF prestaram homenagem à vítima

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A secretária de Estado da Mulher do DF, Giselle Ferreira, lamentou o crime. “É uma dor que todas nós estamos sentido e cada vez mais a sociedade tem que se envolver, porque não escolhe cor, não escolher perfil social. Precisamos unir esforços para combater”, disse.

“Geralmente, a gente fala que o brasileiro fecha a porta depois que o bandido foi embora, mas e quando agressor tá dentro de casa?”

A deputada distrital Doutora Jane (MDB) lembrou com carinho da agente. “Era muito operacional, trabalhava muito. Ela fazia contato com as redes de proteção da cidade. Então, estava sempre envolvida, até porque ela trabalhava na Deam”, disse.

“A gente se surpreende com ela vítima. Essa surpresa, eu digo assim, a surpresa entre aspas, porque foi ceifada a vida da mulher de 46 anos. Mas, para nós, não é surpresa o fato de que qualquer um pode ser vítima. Essa morte não tem volta, a dor da polícia é imensa. Tanto é que esse grupo que está aqui vem dizer isso, que a polícia está sentindo essa dor, mas qualquer pessoa pode ser vítima, inclusive alguém que é da polícia.”

Cortejo

Um cortejo com dezenas de viaturas e acompanhado de helicóptero deixou a Delegacia Geral da PCDF rumo ao cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, por volta das 13h10. Após cerca de 40 minutos, o corpo chegou ao cemitério, onde foi velado das 14h às 16h.

No caminhão do corpo de bombeiros que leva o caixão há duas faixas com os seguintes dizeres: “Val, eternamente em nossos corações” e “Segurança Pública em luto”. A família estava no veículo dos bombeiros.

Ao fim da cerimônia, policiais fizeram uma salva de tiros em homenagem à agente (assista abaixo).

Após o velório, o corpo foi levado em novo cortejo até Formosa, no Entorno do DF, para ser cremado. A cerimônia será restrita a parentes e amigos.

Facadas

Valdéria trabalhava na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, e foi brutalmente assassinada, com mais de 64 facadas, segundo laudos preliminares do Instituto de Medicina Legal (IML).

A agente foi encontrada morta no banheiro de casa, em Arniqueira, na tarde de sexta. Este foi o 23º feminicídio registrado na capital do país neste ano, segundo o Painel de Feminicídios do Distrito Federal.

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Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, presente no velório
Ian Barbosa, 24, filho de Valderia da Silva Barbosa Peres
A mulher tralhava como policial civil na Deam 2
Viaturas da PCDF no velório de Valdéria
A mulher tinha dois filhos
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O caixão com o corpo de Valdéria foi levado por um caminhão do CBMDF

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Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, presente no velório

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Ian Barbosa, 24, filho de Valderia da Silva Barbosa Peres

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A mulher tralhava como policial civil na Deam 2

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Viaturas da PCDF no velório de Valdéria

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A mulher tinha dois filhos

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Um helicóptero da PCDF também participou do cortejo

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Membros do Instituto Mulheres Feminicídio Não (IMFN), órgão não governamental que luta pelo fim da violência contra a mulher, também prestaram o último adeus

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Caixão com o corpo de Valdéria sendo retirado do caminhão

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O velório ocorre no Cemitério Campo da Esperança

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Troca de tiros

Apontado como assassino da policial civil, Leandro Peres Ferreira estava foragido desde a última sexta-feira (11/8). Ele foi encontrado pela PMGO em Porangatu (GO) e teria reagido à abordagem policial. Os militares afirmaram que Leandro estava com um revólver calibre 32.

Ele foi encontrado em uma estrada às margens da BR-153. Após a troca de tiros, Leandro chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros (CBMGO) e, depois, levado ao Hospital Municipal de Porangatu, mas não resistiu.

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