“Parecia ser um paizão”, diz babá sobre assassino de Bernardo
No velório da criança, mulher que cuidou do menino morto pelo pai conta que ninguém imaginava que Paulo Osório “seria esse tipo de homem”
atualizado
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Desacreditados ao olhar para o pequeno caixão, familiares do menino Bernardo, de 1 ano e 11 meses, se despediram do bebê na tarde desta terça-feira (10/12/2019), em velório realizado no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.
O menino foi assassinado pelo próprio pai, o servidor do Metrô-DF Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, no dia 29 de novembro. Ele foi preso pela Polícia Civil do DF (PCDF) dois dias depois, na Bahia, onde se livrou do corpo do filho, e confessou o crime. Bernardo morreu por superdosagem de sonífero.
No início do velório, o silêncio na Capela 10 do cemitério ecoava o sentimento de dor da mãe, a advogada Tatiana da Silva, de parentes e pessoas que conheciam a criança.
Babá de Bernardo durante sete meses, Rita Luziete Fontoura França (foto em destaque), 60, lembra dos dias em que o pequeno começou a andar e falar, na sua casa, onde passava manhãs e tardes, antes de ingressar na creche.
Segundo ela, “ninguém nunca imaginou” que Paulo Osório “seria esse tipo de homem“, uma vez que sempre aparentou ser carinhoso com o filho.
“Ele parecia ser um paizão. Nunca imaginava que ele iria fazer isso. Ia buscá-lo lá em casa e falava: ‘Vim buscar o Bernardinho’. É muito sofrido isso”, relatou, com lágrimas nos olhos.
Confira fotos do velório e de Bernardo:
“Comecei a cuidar do Bernardo quando ele tinha quatro meses. Era um menino lindo, maravilhoso. Chamava-me de ‘Tia Rita’. Tudo que eu pudesse fazer por ele, eu fazia”, contou a mulher, que também é diarista.
De acordo com Rita, uma tia do bebê tem uma loja na Vila Telebrasília, Asa Sul, em frente à sua casa. “Então, ele passava os dias comigo. Chegava de manhã e ficava até as 17h”, disse.
“Eu cuidava, dava comida, remédio para ele. Fiquei no chão quando soube. Até agora ainda não caiu a ficha. Estou arrasada. Aquela casa vai ficar pequena sem ele”, lamentou Rita.