Para polícia, grávida e filha desaparecidas podem ser vítimas de crime
As duas foram vistas pela última vez na quinta-feira (9). No entanto, principal linha de investigação é afogamento
atualizado
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Os policiais que apuram o desaparecimento da dona de casa Shirlene Ferreira da Silva (foto em destaque), de 38 anos, grávida de 4 meses, e Tauane Rebeca da Silva, de 14 anos, não descartam nenhuma linha de investigação. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) considera duas possibilidades para explicar o sumiço das duas: afogamento ou crime.
O delegado adjunto da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul – Ceilândia), Vander Rodrigues Braga, afirma que não é possível tirar nenhuma conclusão. “Nenhuma hipótese está descartada. É o tipo de situação que a gente não pode de forma prematura tirar conclusões precipitadas”, explicou.
Ainda segundo o investigador, o marido de Shirlene, o pintor Antônio Wagner Batista da Silva, de 41 anos, passou por oitiva. “O marido dela foi ouvido formalmente, assim como familiares, tanto dele, quanto dela, porque a polícia não descarta nenhuma linha de investigação. A princípio ainda fica valendo a possibilidade maior de afogamento”, explicou o delegado.
Trombas d’água
Segundo Antônio, Shirlene desapareceu após sair com a filha para tomar banho no córrego perto de onde a família mora, no Sol Nascente, na última quinta-feira (9/12). Na noite daquele dia, ele acionou o Corpo de Bombeiros, que começou a fazer buscas. Na manhã de sexta-feira (10), a polícia foi informada. O delegado Vander alerta sobre o perigo das águas da região.
“Embora os bombeiros não tenham informações de que tenha chovido na região na quinta-feira, quem mora em Ceilândia viu que quinta foi um dia bastante chuvoso. Ali é um local que a gente percebeu muito claramente que quando ocorre trombas d’água o nível de água aumenta quase 10 metros”, afirmou.
Buscas aéreas
Nesta segunda-feira (13/12), a PCDF começou a procurar pelas duas desaparecidas com helicópteros da Divisão de Operações Áreas (DOA) e cães farejadores do Corpo de Bombeiros. Além disso, todo o efetivo da 23ª DP foi empregado nas buscas terrestres e mapeamento de cerca de 2km de cada margem.
“Nesse momento a equipe está fazendo o monitoramento no curso do rio. Os bombeiros vão estar retornando amanhã com o apoio de cães”, explica o delegado. “É um terreno de difícil acesso. Muito fechado, uma mata de preservação permanente com muito morro”, aponta Vander.
Segundo o delegado, a previsão é que o DOA volte a atuar na tarde desta terça-feira (14/12). “Se houve um afogamento, hoje ou amanhã seriam os dias que os corpos venham a boiar e, aí, o pessoal da equipe área consegue visualizar”, considera. “A nossa linha de investigação tem outras diligências que estão sendo feitas, em que a Polícia ainda precisa manter o sigilo total da investigação”, comentou.