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Para evitar “filas de corpos” no IML, PCDF pede abertura de concurso

No último fim de semana, famílias esperaram por horas pela liberação de corpos no IML. Enquanto isso, servidores denunciam falta de pessoal

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1 de 1 IML - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após uma “fila de corpos” no Instituto de Medicina Legal (IML) acender um alerta para escassez de servidores no departamento, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que tomou providências para abertura de um novo concurso público.

Por meio de nota, a direção da corporação informou que pediu à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e à pasta de Economia a realização de um certame, para nomeação de servidores que possam reforçar o trabalho no IML.

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Equipes de quatro pessoas chegam a ter 11 corpos para remover em plantões
Concurso mais recente para Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal ocorreu em 2012
Demanda para atendimentos na capital do país, segundo servidores, seria contemplada com 250 funcionários
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Servidores do Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal cobram mais funcionários

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Equipes de quatro pessoas chegam a ter 11 corpos para remover em plantões

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Concurso mais recente para Instituto de Medicina Legal (IML) do Distrito Federal ocorreu em 2012

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Demanda para atendimentos na capital do país, segundo servidores, seria contemplada com 250 funcionários

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Inicialmente, a PCDF espera convocar 67 aprovados para os cargos da carreira de atividades complementares de segurança pública. Até o fim de 2027, porém, a expectativa é de ampliar o total de nomeações para 134.

Leia a nota na íntegra:

Em resposta à matéria publicada a respeito de demandas dos servidores no Instituto de Medicina Legal (IML), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informa que tomou as providências necessárias para a autorização e a realização de novos concursos públicos.

Foi encaminhada à Secretária de Estado de Segurança Pública e também prestadas informações à Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal, por meio do Ofício nº 333/2024 – PCDF/DGPC/ASS, solicitação formal para a abertura de concurso público, visando ao provimento de 67 cargos da carreira de atividades complementares de segurança pública. Está previsto o total de 134 cargos até 2027, como detalhado no documento.

O problema da escassez de servidores tem sobrecarregado funcionários do instituto e começado a gerar transtornos à população, como atrasos e longas esperas na sede do IML.

No sábado (15/6), por exemplo, seis funerárias e cinco famílias passaram cerca de três horas no aguardo da liberação de 15 corpos no complexo da PCDF.

O vídeo abaixo, enviado ao Metrópoles, flagrou a situação:

A reportagem apurou que os servidores de plantão na data tiveram de deixar a sede para recolher o corpo de Jainia Delfina de Assis, 42 anos, vítima de feminicídio na Estrutural. O deslocamento contribuiu para que outras necrópsias demorassem a ser concluídas, o que atrasou liberações previstas para aquele dia no IML.

Demanda

As remoções de corpos não podem esperar, estejam eles em via pública ou em residências, pois qualquer alteração nos locais em que se encontraram pode atrapalhar as investigações. Em um dia de plantão recente, um servidor relatou à reportagem que precisou fazer 11 procedimentos desse tipo, com apenas mais dois ou três colegas na equipe – um deles responsável por dirigir o rabecão.

Em 2020, a PCDF inaugurou, junto à 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), o Posto Descentralizado de Atendimento do IML. No entanto, o espaço construído para a execução de atividades médicas periciais também sofre com a falta de pessoal e acumula cerca de 500 exames à espera de conclusão, por falta de técnicos em citologia, em histologia, em toxicologia e de laboratório.

Atualmente, o instituto conta com 87 servidores e tem 150 cargos disponíveis, devido a aposentadorias, mudanças de emprego e mortes de servidores. Além disso, o último concurso – apenas para contratação de técnicos – ocorreu em 2012. Mas a estimativa é de que a demanda para atendimento do DF exija 250 funcionários nessas atividades.

Em 2010, famílias registravam atraso médio de oito horas para liberação de corpos. À época, os servidores também faziam plantões com, no máximo, quatro pessoas na equipe. A expectativa da categoria é de que a situação se mantenha, caso não ocorram contratações.

Questionada pelo Metrópoles sobre essa possibilidade, a Secretaria de Economia do Distrito Federal não deu reposta até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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