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Para estancar déficit de 108 mil residências, GDF fará revisão do Pdot

Nova legislação também é necessária para o DF enfrentar desemprego, problemas ambientais e no transporte da população

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Assentamento no DF
1 de 1 Assentamento no DF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Faltam pelo menos 108.316 lares para famílias moradoras do Distrito Federal. O déficit habitacional foi calculado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). A pasta mapeou os principais problemas urbanos para subsidiar a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot).

Percentualmente, o déficit habitacional aflige 11,66% da população. Neste contexto, o problema é mais gritante em Ceilândia, onde faltam 14.937 domicílios. Nesta terça-feira (14/9), a Seduh fará uma reunião com os administradores regionais em busca de apoio para engajar a população na revisão do Pdot.

Segundo a secretária-executiva de Planejamento e Preservação, Giselle Moll, as áreas do DF com maior pressão por ocupações informais são o Jardim Botânico, Paranoá e Planaltina. O problema também é marcante em Ceilândia.

Indo além do Pdot, a Seduh lançara o Plano Diretor de Habitação de Interesse Social. Trata-se de uma “cesta” de produtos para enfrentar o déficit habitacional. “Sabemos que o aluguel pode ser um caminho para uma moradia digna”, antecipou. A ideia é aprovar o plano até dezembro, por decreto governamental.

De volta ao Pdot, a Seduh também planeja soluções para as questões das zonas rurais. “Muitas vezes as famílias querem manter a produção rural e ter condição de utilizar a propriedade para colocar mais um filho ou mais uma família”, ponderou.

Emprego e desemprego

O Pdot também é uma ferramenta para fomentar o desenvolvimento econômico e redistribuir a oferta de empregos. Atualmente Brasília concentra 52,2% dos empregos formais, seguida pelo SIA e Taguatinga, com 8,3% e 7,3%, respectivamente. Além disso o Plano Piloto detém 74,7% da massa salarial.

Por outro lado, o desemprego tem atingido principalmente Varjão, Itapoã e SCIA, com taxas respectivas de 49,68%, 44,90% e 44,78%. O problema também é expressivo em Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá, Santa Maria e Recanto das Emas.

Veja o relatórios mostrando os desafios do Pdot:

Desafios – PDOT by Metropoles on Scribd

Meio ambiente

Na questão do meio ambiente, o estudo também destacou o risco nas recargas de aquíferos. Neste sentido, a proposta é fomentar a expansão vertical do DF, justamente para poupar os mananciais. Mas a maioria das ocupações informais está em cima dos pontos de recarga. Por isso, o GDF buscará levar estas famílias para outros locais.

Nesta linha, o PDOT buscará alinhamento com o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). A pesquisa também fez o alerta sobre o crescente uso de transporte individual motorizado, enquanto o transporte coletivo, público ou privado, ainda não consegue avançar. Ou seja, engarrafamentos tendem a aumentar.

A revisão do PDOT está prevista em lei. A versão atual data de 2009, tento recebido alterações em 2012. Ao longo de outubro, a Seduh fará oficinas temáticas sobre os impactos do projeto em cada região do DF. A revisão deverá passar por votação na Câmara Legislativa (CLDF).

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