Para desafogar atendimento, GDF começa a montar tendas fora das UPAs
Diante do aumento da demanda nas UPAs, tendas do Samu atenderão pacientes, que poderão fazer teste de Covid e receber medicação no local
atualizado
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As tendas de apoio ao atendimento de pacientes começaram a ser montadas nas áreas externas das unidades de pronto atendimento (UPAs) do Distrito Federal. A instalação foi anunciada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) na última quinta-feira (13/1).
O chefe do Palácio do Buriti afirmou que ordenou a instalação das tendas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no estacionamento das unidades “diante da quantidade expressiva de pacientes com sintomas gripais procurando atendimento nas UPAs, devido à influenza e à covid-19”.
De acordo com o diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Gislei Morais, cada UPA que receberá a tenda foi reabastecida com 1.260 testes de antígeno (PCR) para Covid-19. “Preparamos todos os insumos e materiais necessários para montar as tendas. Inicialmente, elas poderão ter duas finalidades: prestar o acolhimento humanizado aos pacientes ou fazer aplicação de medicações simples”, informou.
Localização das UPAs
Ao todo, até 11 tendas poderão ser instaladas de acordo com a necessidade nesta etapa. A previsão é de que quatro UPAs recebam duas tendas cada, sendo uma de acolhimento e outra para medicação. São elas as UPAs Riacho Fundo II, Planaltina, Paranoá, Ceilândia II.
Já as UPAs do Gama e do Núcleo Bandeirante receberão uma tenda para medicação cada. Até o momento, foram montadas quatro Tendas de Acolhimento nas unidades Paranoá, Planaltina, Ceilândia II, Riacho Fundo II.
Para definir em quais UPAs as tendas serão instaladas, o diretor de Assistência à Saúde, Nestor Francisco Miranda Júnior, ressaltou que foi feito um estudo técnico. “Fizemos uma análise do perfil de atendimento de cada UPA para identificar quais delas precisam ter esse suporte.”
Funcionamento
Instaladas nos estacionamentos em frente à entrada das UPAs, as Tendas de Acolhimento funcionarão das 8h às 20h como uma extensão das recepções para acomodar os pacientes. Serão disponibilizadas 12 cadeiras e haverá dois colaboradores do projeto Humanizar, que é coordenado pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), para orientar os pacientes durante o dia.
Já as Tendas de Medicação Rápida contarão com oito camas de campanha ou cadeiras de medicação. Elas funcionarão das 8h às 20h e com equipes de enfermagem.
Ao chegar à UPA, o paciente deve retirar a senha no totem da recepção. Quando for chamado, passará pela avaliação feita por enfermeiro na Sala de Classificação de Risco. Caso o paciente apresente sintomas respiratórios, será levado a uma sala para a coleta do teste de antígeno (PCR) para diagnóstico de Covid-19.
Após o procedimento, o paciente será orientado a aguardar o resultado, processado em até 15 minutos. No caso de teste positivo, ele será avaliado e receberá prescrição médica. A medicação será aplicada na tenda de medicação rápida, com as demais orientações.
Dados
De acordo com um relatório da Superintendência de Atenção Pré-Hospitalar do IGESDF, em novembro de 2021, as UPAs realizaram 1.516 atendimentos de pacientes com confirmação de sintomas respiratórios. No mês seguinte, dezembro, foram 3.132, mais que o dobro da quantidade registrada em novembro.
No total, as UPAs realizaram 71.442 atendimentos médicos em novembro, número que saltou para 95.326 em dezembro, um aumento de 33%.