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Para CRM, surto em UTI neonatal coloca em risco vida de bebês no DF

Conselho Regional de Medicina recomenda soluções rápidas e concretas para preservar a saúde dos prematuros

atualizado

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Fabio Pozzebom/Agência Brasil
hospital regional de ceilândia
1 de 1 hospital regional de ceilândia - Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Do ponto de vista do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF), o surto de uma bactéria na neonatologia do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) é grave e coloca as vidas de bebês prematuros em risco.

Pelo diagnóstico do presidente do CRM-DF, Farid Buitrago, a infecção deve ser controlada o mais rápido possível. “Porque coloca em risco a vida daqueles pacientes prematuros”, alertou.

Neste contexto, o CRM-DF defende a adoção de todos os cuidados necessários para o controle da situação e a preservação dos pacientes.

Veja a fala do CRM:

O surto atinge a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal e a unidade de cuidados intermediários neonatais (Ucin) do HRC.

As unidades estão contaminadas com a bactéria multirresistente Acinetobacter baumannii. Segundo profissionais de saúde, as escalas de plantão estão desfalcadas, dificultando o tratamento seguro dos prematuros.

Diante do risco de avanço das infecções, um documento interno sugere o fechamento temporário da unidade para assegurar a saúde dos bebês.

“Durante a contenção do surto, orientamos a não realizar novas admissões na unidade, diminuindo, assim, o risco de novas transmissões”, destacou o documento.

Confira o memorando:

Perigo sazonal

A professora do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB) Carla Pintas explica que surtos dessa bactéria são sazonais. Nesse contexto, para a especialista, as medidas de controle devem ser estabelecidas pela Comissão de Infecção Hospitalar.

Para a professora, uma solução possível é separar as crianças infectadas das demais em áreas distintas. Mas, nesse caso, as equipes de atendimento devem ser exclusivas para cada grupo a fim de evitar novas infecções.

“Quem está lidando com o paciente contaminado não estaria tratando pacientes não contaminados”, reforçou. Trata-se do mesmo protocolo recomendado para casos da Covid-19.

“A gente sabe que existe diminuição do número de profissionais, a gente tem um número grande de atestados médicos apresentados pelas equipes. Ou seja, nessa hora, a gente tem de pensar que a instituição hospitalar tem de fazer um esforço para colocar equipe e fazer com que ela esteja segura e com todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários cuidar desses bebês”, aconselhou.

Segundo Carla Pintas, no caso  de bebês de baixo peso ou com quadro fragilizado de saúde, a Acinetobacter baumannii pode levar ao óbito. A bactéria ataca o sistema respiratório. “O cuidado com essas crianças tem de ser redobrado”, destacou.

Versão da Saúde

A Secretaria de Saúde do DF nega o eventual déficit de profissionais de saúde no HRC. Segundo a pasta, todas as medidas sanitárias necessárias foram tomadas para garantir a segurança dos prematuros.

Do ponto de vista da pasta, não é preciso fechar a unidade, pois os bebês estão colonizados, mas não estão infectados pela bactéria.

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