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Para acabar com “buraqueira” em vias do DF, governo precisa de R$ 2 bi

Sem dinheiro sobrando no caixa, Executivo faz estudo técnico para decidir onde manterá a tapa-buracos e em quais locais fará recapeamentos

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buraco, águas claras
1 de 1 buraco, águas claras - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Tapar buracos ou recapear? A Secretaria de Obras começou estudos para saber qual é a melhor solução para resolver o problema da “buraqueira” nas pistas do Distrito Federal. Pelas contas da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), são necessários R$ 2 bilhões para refazer todo o asfalto brasiliense. Mas, nestes tempos de crise, esse montante está além do horizonte.

Segundo o secretário de Obras, Izídio Santos, o governo quer fazer a comparação do custo-benefício entre a operação tapa-buracos e o recapeamento. Nesse contexto, o estudo técnico vai colocar na ponta do lápis quantas ações de cobertura provisória de crateras equivalem a uma obra completa.

“O asfalto do DF está envelhecido. Ele tem vida útil e precisa de manutenção. O ideal seria refazer tudo, mas precisa de muito recurso. As primeiras estimativas da Novacap dão conta de que são necessários R$ 2 bilhões. Essa verba hoje não existe. Por isso, precisamos pensar em uma solução para cada caso”, explicou.

Segundo Izídio, as obras de recuperação do asfalto devem ser dimensionadas com o uso efetivo da pista. “É preciso levar em conta o tráfego. Veja as faixas exclusivas da direita. A passagem constante de ônibus desgasta mais esses trechos”, justificou. Sem previsão para terminar, o estudo técnico será apresentado para a avaliação do governador Ibaneis Rocha (MDB).

“Existem pistas com problemas notórios. O trecho do Setor Policial Sul é um exemplo. Lá sempre teve muita ondulação e muitos buracos. Ainda têm as emergenciais, como a cratera que abriu na Avenida Comercial de Taguatinga”, completou. Problemas e falhas na execução de obras já foram objeto de auditorias do Tribunal de Contas do DF (TCDF).

Novacap
A respeito do futuro da Novacap, sob a nova direção de Cândido Teles, o secretário espera que a autarquia fique mais leve e focada nas suas atribuições originais. Para Santos, a companhia ficou grande demais e assumiu funções de outros braços do GDF, como a manutenção dos elevadores da Saúde.

Foram jogando funções na Novacap. Atribuições que nunca deveriam ser dela. E ela perdeu sua missão. O foco da Novacap deve ser a manutenção da cidade.

Izídio Santos, secretário de Obras

Hoje, a autarquia tem 2 mil funcionários. Do ponto de vista do secretário, esse quadro precisa ser enxugado. “Tem muita gente prestes a se aposentar e muitos comissionados. Mas o que vai ser feito será decidido pelos estudos de Cândido”, ponderou.

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