Para abrir no dia 18, comércio terá horário diferenciado. Confira
Lojas de rua e shoppings adotarão funcionamento escalonado para também não colapsar o transporte público da cidade
atualizado
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A reunião entre a juíza federal Kátia Balbino, da 3ª Vara Cível, o governador Ibaneis Rocha (MDB), os ministérios públicos do Distrito Federal e o setor produtivo resultou em algumas medidas para que o comércio da cidade volte a funcionar. Os horários, por exemplo, serão diferenciados.
A fim de evitar a propagação do novo coronavírus, de acordo com as exigências da Justiça para a retomada das atividades, medidas no funcionamento serão tomadas. Assim, espera-se que a reabertura aconteça no dia 18 de maio.
O comércio de rua, por exemplo, ficará aberto das 11h às 19h. O uso de máscaras e a higienização de funcionários e clientes continuarão sendo obrigatórios.
Já os shoppings funcionarão das 13h às 21h, mas sem a presença de crianças. A juíza, que decidiu pela não abertura do comércio no próximo dia 11, também solicitou que os banheiros dos centros comerciais permaneçam fechados.
O governador explicou que a determinação de horários diferentes para abertura de comércio e shoppings também influencia no transporte público da cidade. “Nós não podemos colapsar o nosso sistema de transporte”, justificou. O GDF pretende reforçar as linhas de transporte público duas horas antes da abertura de cada segmento.
O governador também disse que vai cumprir as exigências, mas, na visão dele, parte das recomendações da juíza não tem base científica. Por exemplo, para ele, não é correto impedir a entrada de pessoas nos shoppings, como no caso das crianças e idosos – a magistrada solicitou que os mais velhos não frequentem esses centros ou mesmo o comércio de rua com outras pessoas, como em um passeio de família.
“Nós temos que trabalhar, nesse ponto, com a confiança de que a população só vai procurar os estabelecimentos quando realmente tiver precisando de algum produto. Não é a festa que está aberta”, argumentou.
Garantias
Segundo Ibaneis, os shoppings têm maior possibilidade de garantir a segurança sanitária da população do que os estabelecimentos de rua, por contarem com mais capacidade econômica e controle de acesso.
“Tem que haver algumas restrições. Por exemplo: banheiro em shopping center tem uso coletivo. Então, esse banheiro deve ser interditado. As pessoas vão ter que tomar determinados cuidados”, afirmou. Os colaboradores dos centros comerciais, por outro lado, deverão ter áreas de alimentação higienizadas.
Ibaneis colocou os postos de testagem à disposição dos comerciantes e colaboradores das lojas de rua. Os shoppings garantiram ao GDF que têm condições de testar seus empregados antes da reabertura.
O governador pontuou que não é possível fazer uma abertura mais gradual do que essa, pois não há como mapear os estabelecimentos. Academias e salões de beleza ainda não vão receber autorização para voltar a funcionar, assim como restaurantes e bares.
Quem descumprir as regras de funcionamento será punido com multa e até suspensão do alvará. O governador não detalhou valores, mas afiançou que os shoppings também poderão ser penalizados.