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Pânico: ao menos 20 tiros foram disparados em assalto a ônibus na 040

A Polícia Civil do Estado de Goiás investiga a participação de comparsas no crime. Policial militar do DF morto será enterrado nesta quarta

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assalto a ônibus, real expresso,  Luziânia
1 de 1 assalto a ônibus, real expresso, Luziânia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao menos 20 disparos foram efetuados dentro do ônibus da empresa Real Expresso, na madrugada de terça-feira (15/5), durante uma tentativa de assalto, na BR-040, próximo à cidade de Luziânia (GO), Entorno do DF. Três pessoas morreram: um policial militar e dois assaltantes. Uma passageira ficou gravemente ferida e luta pela vida na UTI do Instituto Hospital de Base do DF (IHB). A Polícia Civil do Estado de Goiás investiga a participação de comparsas no ataque.

Depoimentos colhidos no dia do crime relatam o pânico vivido pelas vítimas. “Os dois assaltantes atiraram para cima ao menos duas vezes a fim de obrigar o motorista a parar. Um ficou na cabine do condutor, enquanto o outro, com uma espingarda .12 e uma pistola .40 na cintura, abordava os passageiros e dava a ordem para fechar as cortinas”, detalhou o delegado Danillo Martins, responsável pelo caso.

O policial militar do Distrito Federal Hernandes José Rosa era um dos 22 passageiros e estava sentado nas poltronas localizadas ao fundo do coletivo. “Tudo leva a crer que ele foi surpreendido pelos assaltantes, pois estava fardado e não teve tempo de reagir”, disse o delegado.

A arma do sargento da PM tinha capacidade para 15 munições e todas foram encontradas intactas. No entanto, segundo acreditam os investigadores, o policial pode ter disparado ao menos uma vez. É possível que uma munição estivesse na câmara da pistola. Durante o tiroteio, a arma dele foi atingida na área da empunhadura.

Outro passageiro, um agente prisional de Minas Gerais que também estava armado, reagiu e matou os dois assaltantes. Ele usou uma pistola .380 com capacidade para 18 munições. Apenas uma ficou intacta.

Origem dos tiros
A polícia aguarda a conclusão dos laudos cadavéricos, além de materiais que ainda serão enviados pela empresa. “Eles nos ajudarão a montar a dinâmica do crime, a descobrir quantos tiros atingiram o PM e de qual arma o disparo foi feito. Também solicitamos informações ao hospital onde uma passageira está internada em estado grave para esclarecer quem atirou contra ela”, explicou o delegado.

Martins também afirmou que o celular de um dos criminosos foi apreendido e aguarda autorização judicial para ter acesso ao conteúdo do aparelho. As informações poderão confirmar se a dupla recebeu algum apoio de fora para praticar o crime.

Feridos
Sarah Cristiana Bueno, 21 anos, foi atingida por dois tiros e está internada no IHB. Nesta quarta (16), a Secretaria de Saúde informou que a paciente continua na UTI, em estado grave, e sob ventilação mecânica. “A paciente apresentou melhora do quadro pulmonar”, diz o informativo. Um outro passageiro teve ferimentos no dedo, mas se encontra estável.

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Após tiroteio, motorista conseguiu levar o ônibus até um posto da concessionária e pedir socorro
Policial militar do DF morto
Bandidos foram mortos
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Após tiroteio, motorista conseguiu levar o ônibus até um posto da concessionária e pedir socorro

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Irmãos no crime
Os dois bandidos mortos durante o assalto ao ônibus eram irmãos – Agnaldo Pereira da Rocha e Ronaldo Pereira da Rocha – e fugiram da cadeia de Cristalina (GO) em março, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a PRF, os dois eram conhecidos assaltantes de ônibus na região e já foram presos algumas vezes. O assalto ocorreu no Km 61 da BR-040. Após o tiroteio, o motorista conseguiu levar o veículo até um posto da concessionária que administra a rodovia e pedir socorro.

Homenagem
Na noite dessa terça, colegas de farda do sargento fizeram um cortejo fúnebre de 300km em homenagem a Hernandes Rosa. Os carros saíram do Núcleo Bandeirante, onde a vítima trabalhava, até a divisa de Goiás. O PM morava na cidade de Catalão (GO). O velório começou nesta manhã e o enterro será às 15h.

Imagens do cortejo feito pela PMDF:

Em nota, a PMDF descreveu o policial como uma pessoa que “transbordava amizade, profissionalismo, ética e humanidade”.


Já a Real Expresso informou que está prestando toda a assistência aos feridos e familiares e oficializará “um pedido junto às autoridades estaduais e federais para a melhoria da segurança das empresas operadoras de transporte atuantes no referido trecho”.

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