Pandemia fechou 34.649 vagas de empregos no DF, diz Codeplan
Faxineiros, vendedores do comércio varejista e auxiliares de escritório foram os mais afetados até janeiro de 2021
atualizado
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O Distrito Federal teve 34.649 postos de trabalho fechados durante os meses mais severos de restrições devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com pesquisa da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), a perda de empregos formais devido ao combate à Covid-19 começou em março de 2020, com o desaparecimento de 9.370 vagas. Em abril, o número cresceu para 17.092; em maio, o mercado perdeu 5.309 vagas; e, em junho, foram menos 2.878.
Somente nesses quatro meses, a redução das vagas chegou a 34.649. Entre julho de 2020 e janeiro de 2021, houve recuperação das oportunidades de emprego, porém, elas não foram suficientes para superar as perdas. Nesses meses, 19.690 novos empregos foram gerados.
“Os desligamentos continuaram bastante elevados. A diferença entre as admissões e os desligamentos fizeram com que o número de empregos destruídos fosse maior”, afirmou a gerente de Estudos e Contas Setoriais da Codeplan, Jéssica Milker.
Os empregos mais afetados foram: faxineiros (16.355), vendedores do comércio varejista (15.367) e auxiliares de escritório (14.049).
Confira:
O padrão de desligamentos se intensificou nos meses em que houve decreto de restrição de circulação e fechamento de atividades não essenciais. Os mais atingidos com as medidas restritivas foram os trabalhadores de 20 a 40 anos.
Geração de empregos
Quando se fala em geração de empregos, as atividades de saúde e da construção civil foram as principais responsáveis pela criação de vagas. Cresceram as oportunidades de trabalho para técnicos em enfermagem (3.048), enfermeiros (1.419) e médicos clínicos (1.368). Além disso, surgiram oportunidades na área de servente de obras, com 888 vagas.
As admissões se concentraram na faixa etária de 25 a 30 anos. Com o retorno das admissões, após julho de 2020, o mercado começou a absorver trabalhadores com idades entre 20 e 25 anos.
Após retomar as contratações, o DF demonstrava recuperação até fevereiro de 2021. No entanto, o aumento do número de mortes e de contaminados com a doença indica nova queda nos empregados na capital.
“O mercado estava se recuperando bem, porém, com novas medidas de restrição, as ameaças conjunturais que surgiram vão diminuir esse ritmo de recuperação. Vamos aguardar os próximos números para saber como o mercado de trabalho do DF vai responder”, disse Jéssica Milker.
Os números da Codeplan levam em conta a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia.