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Pandemia estimula funerárias do DF a aumentar em 344% encomendas de caixões

Segundo empresários, situação na capital do país está normalizada, mas exemplo de Manaus fez setor se preparar para uma demanda maior

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1 de 1 funeraria-brasilia61 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O colapso funerário que atingiu Manaus fez com que o setor funerário do Distrito Federal se apressasse para comprar caixões. Desde o início da pandemia de coronavírus, as 45 empresas da capital do país aumentaram em 344% as encomendas por urnas.

Em fevereiro, quando a Covid-19 ainda parecia distante de assolar o Brasil, o DF contava com média diária de 900 caixões disponíveis. Em abril, com a doença instalada e o número de mortes crescendo de forma acentuada no país, as funerárias de Brasília passaram a estocar 4 mil caixões.

De acordo com a presidente da Associação das Funerárias do DF, Tânia Batista da Silva, as cenas na capital amazonense, com falta de urnas, enterros à noite e ausência de carros para transporte de corpos assustaram os comerciantes do ramo no DF.

“Foram imagens muito fortes e não queremos passar por isso aqui. Por enquanto, aqui em Brasília, a quantidade de mortes está relativamente dentro do esperado. Nós torcemos para que não haja uma explosão, mas, se houver, o setor funerário está preparado”, destaca.

A intensificação na busca por urnas se deu por outro motivo: o DF não tem fabricantes de caixões; então, as empresas locais tiveram de entrar numa fila para receber os materiais de São Paulo e Minas Gerais.

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Empresas se preparam para um possível colapso na capital
O DF tem 163 mortes por Covid-19
Funerárias do ramo aumentaram pedidos de urnas em 344%
As empresas também estão preparadas para colocar mais carros funerários nas ruas, se preciso
Caos em Manaus assustou empresários do ramo do DF
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Pandemia fez funerárias do DF encomendarem mais caixões

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Empresas se preparam para um possível colapso na capital

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Funerárias do ramo aumentaram pedidos de urnas em 344%

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Carros funerários

De acordo do Tânia, as funerárias também estão autorizadas, em caso de necessidade, a recolocar na frota 44 carros adaptados para transporte de cadáveres que não estavam mais em operação.

“Eles não são usados mais hoje pelas funerárias, mas são preparados para o serviço e, em caso de colapso, podem começar a rodar”, explicou. Nesse caso, os veículos se somariam aos 192 carros funerários com permissão para prestar o serviço no DF.

Tragédia em Manaus

Em meados de abril, o país testemunhou uma tragédia humana em Manaus, com enterros em vala comum, sepultamentos noturnos e falta de caixões.

Em um curto período, o número de funerais saltou de 30 por dia para quase 150 na capital amazonense. Em cenas chocantes que rodaram o Brasil e o mundo, carros funerários formavam filas na porta do cemitério Nossa Senhora de Aparecida, um dos maiores da região.

De acordo com o Ministério da Saúde, Manaus computava até essa terça-feira (02/06) 41.774 casos de Covid-19 e 2.071 óbitos. No DF, o mais recente boletim da Secretaria de Saúde indicava 10.648 contaminados e 158 falecimentos por coronavírus.

Como o Metrópoles mostrou nessa segunda-feira (01/06), a quantidade de enterros nos cemitérios da capital se mantém estável durante a pandemia, com crescimento de apenas 4% em relação ao mesmo período de 2019.

Apenas em maio deste ano, foram realizados 1.025 enterros contra 982 sepultamentos no mesmo mês de 2019 no DF. Em abril, a diferença para o ano anterior foi de apenas um funeral: 944 contra 943.

Em março, o aumento se repetiu. Foram 963 pessoas sepultadas no Distrito Federal em 2020, contra 891 no mesmo mês do ano passado.

Média

De acordo com a assessoria da Campo da Esperança, que administra os cemitérios do DF, “a análise isolada de cada mês, porém, não é suficiente para determinar alteração da média de sepultamentos. A longo prazo, a tendência é manter a média, com leve crescimento devido ao aumento populacional.”

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