Pâmela Pantera turbinou coxas com Dr. Bumbum, acusado de fazer vítimas no DF
O procedimento ocorreu em 2018, antes de Flavia Tamayo ser campeã do concurso Miss Bumbum DF. Na época, ela pagou R$ 40 mil
atualizado
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Antes de ser presa pela Polícia Civil (PCDF), suspeita de integrar um esquema de tráfico de drogas no Distrito Federal, a garota de programa Flávia Tamayo (foto principal), mais conhecida como Pâmela Pantera, ostentava uma vida de luxo e glamour. Viagens, roupas caras e procedimentos estéticos sofisticados sempre estavam na agenda da ex-capa da Playboy e Sexy.
A estrela da indústria de filmes pornô também passou pelas mãos do médico Denis César Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como “Doutor Bumbum”, em maio de 2018.
O procedimento ocorreu em 2018, antes de Flávia participar e ser campeã do concurso Miss Bumbum DF. Na época, ela pagou R$ 40 mil para que o médico fizesse o procedimento de bioplastia nas coxas. Atualmente, Furtado está indiciado em seis inquéritos policiais por crimes como exercício ilegal da profissão, propaganda enganosa e por se recusar a fornecer prontuários para pacientes.
No Rio de Janeiro, Dr. Bumbum é réu por homicídio doloso qualificado no processo que apura a morte de uma bancária durante um procedimento estético, em 2019.
Após passar pelo procedimento e descobrir que uma pessoa havia morrido após ser atendida pelo médico, Pâmela Pantera chegou a dar entrevistas para diversos veículos de comunicação.
“Conheci o Denis pelas redes sociais. A informação que eu tinha é que ele estava legalizado e autorizado para fazer esse tipo de procedimento. No Dia das Mães (2018), ele fez uma promoção e eu aproveitei para conseguir pagar um valor mais barato. Lembro que levei R$ 20 mil em espécie para ele e a outra metade eu transferi para a conta da namorada dele. Não recebi nenhum tipo de comprovante, mas eu estava tão nervosa para fazer logo o procedimento que nem me dei conta disso”, contou á época.
Trajetória
A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu a garota de programa na terça-feira (21/7). Ela é suspeita de fazer parte de uma organização criminosa composta por garotas de programa de luxo, que atuam na capital federal. O bando era especializado em realizar a venda e distribuição de entorpecentes, principalmente drogas sintéticas e cocaína, a clientes de alto poder aquisitivo do Distrito Federal.
Capa de revistas masculinas famosas, como a Playboy – edição publicada em Portugal – e a Sexy, e estrela de filmes eróticos da franquia Brasileirinhas, a mulher oferecia uma espécie de cardápio sexual aos clientes mais assíduos. Os preços mais sofisticado sempre eram acompanhados de carreiras de pó.
A suspeita foi presa por volta das 2h na recepção de um hotel da orla da capital capixaba quando retornava de uma atividade profissional. A prisão foi decretada pelo juízo da 1ª Vara de Entorpecentes do DF.
Prisão
A ação da PCES deu continuidade à Operação Rede, realizada em junho, quando mais de 200 policiais do DF cumpriram 37 mandados de busca e apreensão e prisão. De acordo com a Polícia Civil, logo após ser dada voz de prisão, a mulher tentou chamar a atenção de clientes do hotel, fazendo um escândalo. A corporação detalha que, aos berros, Flávia tentou tirar a própria roupa, sendo impedida pelos agentes que atuavam na apreensão.
Com a jovem, foi apreendida pequena quantidade de droga para consumo próprio, uma quantia não divulgada em dinheiro em espécie e um celular. Após ser lavrado Termo Circunstanciado, a suspeita foi encaminhada ao sistema penitenciário capixaba, onde permanece à disposição da justiça brasiliense.
Operação Rede
As investigações que embasaram a operação coordenada pela PCDF duraram dois anos. Durante a ação deflagrada em junho, policiais da 5ª DP apreenderam grande quantidade de cocaína, lança-perfume, além de arma de fogo e munições. As mulheres negociavam programas sexuais regados a pó para uma clientela seleta.
De acordo com investigações da 5ª DP, não há conexão entre os núcleos criminosos, mas todos exercem funções parecidas: a distribuição dos entorpecentes para traficantes menores e usuários que ficam na ponta do esquema.
À época, no DF, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Águas Claras, Candangolândia, Setor Hoteleiro Norte, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Planaltina, Brazlândia, Lago Norte e Goiânia (GO).
Entre os alvos da operação, havia um terceiro grupo especializado na distribuição de drogas na região central de Brasília. Os criminosos adotaram o sistema delivery, fazendo a entrega nas mãos dos usuários.