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Pais relatam alívio com reabertura das creches: “De volta à rotina”

Após 1 ano e 4 meses, as creches parceiras da Secretaria de Educação do DF retomaram as atividades presenciais nesta segunda-feira (5/7)

atualizado

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Pais e crianças em fila de creche
1 de 1 Pais e crianças em fila de creche - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após 1 ano e 4 meses, as creches parceiras da Secretaria de Educação do DF retomaram as atividades presenciais nesta segunda-feira (5/7). São 22.967 crianças de até 5 anos que voltam a frequentar as 122 unidades no Distrito Federal.

As instituições reabriram na semana passada, mas somente como ambientação aos funcionários. Esta é a primeira vez que os pequenos regressam às atividades presenciais na rede pública desde a suspensão causada pela pandemia de Covid-19, em 2020.

Para Thamirys Ribeiro, 33 anos, mãe de Lara Ribeiro, de 2 anos e 2 meses, a retomada das atividades facilitará o cotidiano da família. Ela conta que mora na Asa Norte e diariamente deixava a criança na casa da avó, no Guará, para retornar ao trabalho, no Plano Piloto. No final da tarde, fazia o caminho contrário. “Era bem corrido, mas a gente não confiava em deixar com ninguém”, diz.

Agora, a pequena Lara passará os dias na creche Cruz de Malta, na 507 Norte. “Ela entrou nessa creche no ano passado só que, logo depois, passou um período e começou a pandemia. Ela estava em fase de adaptação, era bebê, não tinha nem um ano, e quando começou a pandemia ela voltou para casa. A gente já conhecia a creche, mas agora é outra fase, tudo novo. Da primeira vez, ela chorou e eu tive que buscar porque ela não ficou, foi difícil. Dessa vez, foi super de boa”, comenta a mãe.

Thamirys também espera que, além de ajudar a rotina dos pais, a volta às aulas seja positiva para o desenvolvimento da filha.

“Na casa da minha sogra não tem criança, ela não interagia com ninguém. Minha sogra já é uma senhora de idade, não tem disposição para ficar brincando com ela, fazendo atividades. Quando eu chegava em casa do trabalho o tempo que a gente tinha para fazer alguma atividade também era muito pouco, então ela ficou muito reclusa nesse período. Então, vai ser ótimo para ela interagir com outras crianças, tanto que ela estava super animada em ver outras crianças, estava super feliz”, comenta.

A mudança no dia a dia também é vista com bons olhos por Ingrid Spíndola, 25, mãe do pequeno Lucca Spíndola, de 11 meses, que também fica na creche Cruz de Malta. Ela mora em Águas Claras e trabalha como recepcionista, na Asa Sul. Enquanto as creches estavam fechadas, Ingrid e o pai de Lucca contavam com a ajuda dos avós do menino, com quem ele passava os dias.

“Eu passei a gestação toda em casa. Quando ele nasceu, voltei a trabalhar e ele ficava entre a casa dos avós maternos, que moram em Brasília, e com os avós paternos, que se mudaram de Belo Horizonte (MG) para cá, para cuidar dele”, relata. “Eles passaram mais de seis meses aqui com a gente. Agora, voltaram para casa, para a rotina deles”, completa.

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Ingrid Spíndola e o filho Lucca, de 11 meses
Programa Mamãe na Escola visa diminuir a evasão escolar de mães adolescentes
Creches no DF voltaram a funcionar
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Thamirys Ribeiro e a filha Lara, de 2 anos

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Ingrid Spíndola e o filho Lucca, de 11 meses

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Programa Mamãe na Escola visa diminuir a evasão escolar de mães adolescentes

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Creches no DF voltaram a funcionar

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Creche não reabre por caso de Covid-19

Na Asa Sul, uma creche não retomou as atividades presenciais nesta segunda-feira devido a um caso de Covid-19 entre funcionários. Em comunicado enviado a pais de alunos, a creche Casa do Candango, na 603 Sul, informou que um funcionário que teve contato com toda a equipe escolar testou positivo na sexta-feira (2/7).

“Assim, seguindo os protocolos de saúde relacionados à pandemia, nossas aulas presenciais têm retorno marcado para o dia 16/07/2021. As aulas seguirão de forma remota, transmitidas pela plataforma Google Sala de Aula”, informou a instituição, no comunicado.

O Metrópoles procurou a escola por e-mail para um posicionamento oficial, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para eventual manifestação futura.

Veja o comunicado:

Protocolos

A Secretaria de Educação criou um guia de orientações a fim de recepcionar trabalhadores, pais e crianças. Em relação às medidas que devem ser adotadas em casos de suspeita ou confirmação de Covid-19, o guia pontua as seguintes ações:

  • Os funcionários devem informar imediatamente à direção da IEP (Instituição Educacional Parceira), caso apresentem sintomas de síndrome gripal e/ou convivam com pessoas diagnosticadas com a doença.
  • As pessoas que apresentarem sintomas gripais deverão ser isoladas imediatamente e encaminhadas para a unidade de saúde mais próxima para investigação e diagnóstico. Até o resultado conclusivo da investigação, os suspeitos de contaminação deverão permanecer afastados do ambiente escolar e seguir as orientações médicas.
  • As pessoas que tiveram contato com outras com suspeita de contaminação deverão ser monitoradas. Os mesmos procedimentos devem ser adotados para aquelas que convivem com pessoas diagnosticadas com a doença.
  • Reforçar a limpeza dos objetos e das superfícies utilizadas pelo indivíduo com suspeita de Covid-19, bem como da área de isolamento.
  • Manter o acompanhamento de todos os funcionários e crianças afastados para o isolamento domiciliar (quem, quando, suspeito/confirmado, em que data, serviço de saúde, onde é acompanhado, se for o caso, etc).
  • Notificar a suspeita de surto imediatamente, em até 24 horas, ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS-DF pelo telefone (61) 99221-9439 ou e mail: noficadf@gmail.com.

As orientações, contudo, não detalham se as aulas devem ser interrompidas em casos de funcionários ou alunos diagnosticados com o novo coronavírus — como é o caso da creche Casa do Candango –, bem como por quanto tempo ficam suspensas.

O Metrópoles procurou a Secretaria de Educação e questionou se, nestes casos, as creches ficam temporariamente fechadas ou se apenas os funcionários contaminados são afastados e as turmas afetadas têm aulas presenciais suspensas. A reportagem também perguntou para a Secretaria de Saúde se os educadores serão testados e quais são os protocolos para o retorno após eventual contaminação.

Em nota, as pastas disseram que “os protocolos para casos confirmados devem seguir as orientações de afastamento, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde”. “Todo caso sintomático pode procurar uma unidade básica de saúde para testagem e atendimento médico. São dez dias de afastamento após o início dos sintomas ou do teste positivo”, informaram as secretarias.

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