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Pais protestam contra retirada do ensino integral de escola da Asa Sul

Manifestantes pediram que Secretaria de Educação reveja decisão. Pasta afirma que faz parte de reorganização da modalidade

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1 de 1 Fim-do-ensino-integral-no-CEF-2-Asa-Sul-6 - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Na última quarta-feira (04/09/2019), a Secretaria de Educação comunicou que o Centro de Ensino Fundamental 2 de Brasília, antiga Escola Classe 107, deixará de ofertar o ensino integral no próximo ano. A notícia desagradou pais de alunos do colégio de tempo integral localizado na Asa Sul. A Secretaria de Educação afirma que a iniciativa faz parte da reorganização do ensino integral. Inclusive com a criação de uma subsecretaria para tratar especificamente do assunto. Além disso, os alunos matriculados na modalidade poderão continuar no CEF Caseb (907 Sul).

Uma manifestação contra a medida foi organizada entre os responsáveis pelos estudantes na tarde desta segunda-feira (09/09/2019), em frente ao colégio. Rodrigo Dantas, pai de uma menina do 6° ano, lamenta que a filha tenha que perder as atividades oferecidas pelo centro educacional. “Tem aula de inglês, raciocínio lógico, educação ambiental, história africana e indígena no Brasil. Coisas muito importantes que não é qualquer lugar que ensina”, diz. Além de considerar o ensino muito bom, Rodrigo lembra que as refeições oferecidas pela escola também são ótimas. “Têm cinco refeições por dia. Os alunos saem daqui jantados. Tudo aqui é muito bom.”

Outro pai que não se conforma com a decisão da Secretaria de Educação é o radialista Roberto Menezes, 39. “A notícia chegou como uma bomba para todos. A escola aqui não tem dificuldade nenhuma. Fica difícil entender a decisão”, analisa. Com um filho também no 6° ano, ele não sabe onde vai matriculá-lo em 2020. “Não vou mandar meu filho para o Caseb, então, não sei o que vou fazer. Acho toda essa situação uma falta de respeito.”

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O ensino integral foi estabelecido no CEF 2 em 2011
Rodrigo Dantas e Roberto Menezes, pais de alunos do CEF 02
Pais dizem que a escola, com o ensino integral, tem matérias que não existem em outros lugares
Secretaria de Educação argumenta que retirada do ensino integral faz parte de reorganização
A manifestação dos pais e dos professores ocorreu na tarde desta segunda (09/09/2019)
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Pais de alunos do CEF 2, na Asa Sul, protestaram contra o fim do ensino integral

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O ensino integral foi estabelecido no CEF 2 em 2011

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Rodrigo Dantas e Roberto Menezes, pais de alunos do CEF 02

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Pais dizem que a escola, com o ensino integral, tem matérias que não existem em outros lugares

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Secretaria de Educação argumenta que retirada do ensino integral faz parte de reorganização

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A manifestação dos pais e dos professores ocorreu na tarde desta segunda (09/09/2019)

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Diretor

O diretor do colégio público da 107 sul, Cláudio Gomes dos Santos, 52, é contrário à medida tomada pela Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto. A decisão retira o ensino integral instituído desde 2011 no colégio.

“Foi uma medida completamente arbitrária. Não houve consulta à comunidade, nem aos pais, nem à escola. Nem a Subsecretaria de Educação Integral sabia. Então, é uma decisão que vai de encontro a todas as propostas do governo para ampliar a educação integral. Se o governador faz campanha dizendo que vai ampliar esse tipo de ensino, para que tirar o ensino integral de uma escola que tem tanta demanda, como é nosso caso?”, questiona o diretor.

Funcionamento

A escola possui 10 horas de atendimento e cinco refeições diárias. Programada para receber 196 alunos pela manhã e mais 196 à tarde, a instituição funciona com aulas normais de manhã e atendimento pedagógico na parte da tarde, período que os alunos fazem letramento e raciocínio lógico; além das oficinas de artes, cinema, jogos e cultura afro-brasileira-indígena, que são oferecidas.

“Quando o aluno está em um ambiente escolar como esse, ele está fora das ruas, longe das drogas e da criminalidade presentes lá fora. Os pais trabalham, então precisam desse ambiente de cunho social para os filhos”, conta o diretor.

Cláudio fala dos efeitos negativos que a retirada do ensino integral causaria. Entre eles, o prejuízo aos alunos de 6º e 7º ano que a instituição atende e aos professores, que seriam remanejados para outros lugares.

“Os professores têm toda uma vida organizada para atender esses alunos nos horários já estabelecidos. O que não entendo é que aqui também tem muita demanda, assim como em outros lugares. Temos que ampliar, não tirar de um e colocar no outro. Educação em lugar nenhum é gasto, mas sim investimento”, ressalta o diretor.

A Secretaria explica

Segundo a Secretaria de Educação, os estudantes que atualmente estão matriculados na modalidade poderão continuar no ensino integral no CEF Caseb, localizado na 907 Sul. O órgão explica que “a transferência é devido a uma reorganização em busca da ampliação do atendimento do ensino integral, além de prezar pela excelência do ensino, uma vez que o CEF Caseb conta com infraestrutura mais adequada para receber os estudantes em dois turnos.”
Em resposta ao Metrópoles, a secretaria também escreveu: “A atual gestão busca a retomada do incremento da educação integral. Um primeiro passo foi a criação de uma subsecretaria destinada à modalidade, a Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin). Entre as ações em andamento está o mapeamento e a reorganização das unidades que, atualmente, ofertam o ensino integral. Desta forma, busca-se ampliar o atendimento de estudantes. Outra iniciativa é a destinação de orçamento específico para o ensino integral, o que deve promover a modalidade nos próximos anos”.

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