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Pai que rompeu pâncreas de filho de 2 anos é denunciado pelo MPDFT

O MPDFT apresentou denúncia contar Wagner Pereira da Silva, 37. Pai é acusado de agredir o filho até a morte

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Wagner Pereira da Silva, pai preso por matar o filho Cássio da Silva Pereira, bebê de 2 anos
1 de 1 Wagner Pereira da Silva, pai preso por matar o filho Cássio da Silva Pereira, bebê de 2 anos - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra Wagner Pereira da Silva, 37 anos. O suspeito é acusado de matar o próprio filho, de 2 anos, no Paranoá após diversas agressões contra o menino. O pai responde pelo crime preso.

A 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Paranoá que apresentou a denúncia criminal. O caso ocorreu em 17 de outubro deste ano e Wagner está preso desde o dia 19.

Na denúncia, o MPDFT pede que o acusado seja julgado e condenado por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, com emprego de meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra menor de 14 anos que era seu descendente direto.

Para o MP foi utilizado meio cruel, pois a criança foi agredida com golpes repetidos, em várias partes do corpo, com violência brutal, provocando sofrimento intenso e desnecessário. Foram constatadas lesões no nariz, têmporas, olhos e pálpebras, lábios, braços, mãos, tornozelo, região dorsal, região lombar e glúteos.

As múltiplas lesões provocaram choque hipovolêmico por traumatismo abdominal grave, com ruptura do pâncreas.

“O crime foi, ainda, cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que Wagner esperou que a mulher saísse, para que ninguém pudesse defender a criança”, diz o MP.

Relembre o caso

Cássio da Silva Pereira tinha 2 anos e foi encontrado morto dentro de casa, em 17 de outubro. Segundo o laudo preliminar, a vítima apresentava dois ferimentos na região dos olhos, além de várias marcas pelo corpo.

A partir do depoimento de Patrícia Viriato da Silva, 25, mãe do menino, os investigadores descobriram que Cássio era frequentemente maltratado pelo pai, que o agredia com pancadas no abdome. A criança morreu após sofrer hemorragia, que progrediu para choque hipovolêmico.

Patrícia relatou aos policiais que havia saído de casa às 6h, para estudar na biblioteca da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ela, quando saiu, deixou o garoto bem, mas, por volta das 7h30, recebeu uma mensagem de texto enviada pelo companheiro informando que o filho não estava bem. O homem acionou o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), porém, o bebê foi encontrado já sem vida na residência.

Wagner Pereira foi preso em flagrante suspeito de ter causado a morte do bebê.

Depoimento do pai

Durante o depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Wagner relatou que praticava a violência “como forma de correção”. O preso confessou que desferia socos e tapas no rosto e no peito de Cássio, principalmente nas madrugadas, porque o menino ficava “sonâmbulo”.

A autópsia feita no corpo do menino mostrou que, além das lesões aparentes, houve rompimento no pâncreas. O pai assumiu para a PCDF que, na noite anterior, havia agredido o bebê após a esposa estar cozinhando e pedir que Wagner tirasse o filho do local para que ela se concentrasse nos afazeres domésticos.

Segundo o suspeito, ele retirou o menino do local, mas o garoto resistiu. Wagner, então, deu um puxão de orelha e dois tapas no rosto da criança, um em cada lado.

De acordo com o delegado adjunto da 6ª DP (Paranoá), Bruno Carvalho, a esposa relatou à polícia, também, que o casal brigava constantemente e que Wagner descontava a raiva no filho. Continuou dizendo que o esposo era agressivo e já praticou violência doméstica contra Patrícia em outras ocasiões.

Uma vizinha da família, que preferiu não se identificar, informou já ter presenciado, em frente à sua casa, a cena de Wagner jogando pedras contra Letícia.

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