Pai de paisagista que morreu em cisterna: “Tinha muito pela frente”
Wanderson Soares da Silva, 26 anos, foi enterrado na manhã desta 6ª, no Cemitério de Taguatinga. Família cobra responsabilização de empresas
atualizado
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Desconsolados diante da tragédia que vitimou Wanderson Soares da Silva, 26 anos, amigos e familiares do paisagista se reuniram no Cemitério de Taguatinga, nesta sexta-feira (30/9), para se despedir do jovem. Ele morreu na quarta-feira (28/9), enquanto fazia a manutenção de uma cisterna em um condomínio de Águas Claras.
Wanderson e dois colegas de trabalho instalavam uma bomba de drenagem de água no Residencial Santorini, quando perderam a consciência e desmaiaram. Duas pessoas envolvidas no ocorrido morreram e duas estão internadas em estado grave.
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O jovem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu e morreu no local. Análises preliminares da polícia indicam que Wanderson e Gutemberg José de Santana, 53, teriam sido intoxicados por monóxido de carbono.
No velório de Wanderson, os mais de 50 presentes usavam camisetas brancas com a foto do jovem, para homenageá-lo. Pai do paisagista, Carlos Antônio da Silva, comentou que o filho lutou a vida inteira contra uma fibrose cística e que não deveria morrer por causa de uma fatalidade.
“Meu filho amava a vida, amava viver. Era nosso menino de ouro. Lutou muito contra a doença que tinha, mas era sempre feliz, sorridente e sonhador. Meu filho era um trabalhador. Não devia perder a vida de uma forma corriqueira. Ele tinha muito pela frente”, emocionou-se.
A vítima trabalhava com paisagismo na empresa Império Garden. Carlos Antônio disse que o filho e Gutemberg haviam sido contratados para instalar uma bomba em uma cisterna do prédio.
Agora, a família de Wanderson cobra a responsabilização das empresas envolvidas no acidente. “Não tinha ninguém para supervisionar os trabalhadores e todos estavam sem material de proteção”, destacou o pai de Wanderson.