Pai corre contra o tempo para bebê conseguir exame no DF: “É urgente”
Menina de três meses está internada no HRT com problema no coração e precisa realizar uma ressonância. Pai diz que hospital não tem previsão
atualizado
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O pai de uma bebê de 3 meses corre contra o tempo para que a pequena consiga realizar um exame na rede pública de saúde, após médicos terem constatado um problema no coração da menina. Clara Leal Ramalho Catunda (foto em destaque) está internada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e precisa realizar uma ressonância magnética com urgência.
Segundo o pai da criança, o morador de Vicente Pires Tiago Ramalho Catunda, 33 anos, ela foi diagnosticada com uma bronquiolite há cerca de duas semanas, mas estava fazendo o tratamento em casa. Na última semana, Tiago precisou fazer uma viagem a trabalho e deixou a bebê na casa dos avós, com uma babá.
“Na terça, o quadro de saúde dela piorou e minha mãe viu que ela estava cansadinha. Então, a levou para o Santa Lúcia, onde ela recebeu medicação. De madrugada, teve alta e foi para casa. Mas, na noite de quarta, a situação piorou. Já na quinta, ela não estava se alimentando e então corremos para a internação no HRT”, conta o empresário.
“O coração dela está inchado e bombeando apenas 30% do que necessita. Ontem [ segunda-feira 16/5], a médica disse que precisaria fazer uma ressonância com contraste e sedação total, mas não conseguimos pela rede pública rápido”, completa.
O pai da garotinha, então, decidiu procurar um hospital particular. “Fomos no Anchieta, marcamos exame, contratei uma UTI móvel, tivemos todo esse custo, mas em cima da hora o Anchieta ligou dizendo que não tinha o anestesista disponível”, narra Tiago.
Sem previsão de quando o exame poderá ser feito no HRT, a família da bebê conseguiu um agendamento no Instituto de Cardiologia do DF, mas apenas para a quarta-feira da próxima semana. “E é urgente, precisamos o quanto antes”, lamenta o pai.
O que diz a Saúde
O Metrópoles procurou a Secretaria de Saúde. A pasta disse que a paciente está regulada pela sistema da SES/DF, mas quem executa este tipo de procedimento é o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, que administra a fila e executa os procedimentos de acordo com a sua disponibilidade.
“Enquanto aguarda ser chamada para a cirurgia, a paciente segue sendo assistida pela equipe multiprofissional do Hospital Regional de Taguatinga (HRT)”, disse a secretaria, por meio de nota.
O que diz o Anchieta
O Hospital Anchieta também foi procurado para um posicionamento. Em nota, disse que “a decisão da não realização da ressonância magnética na bebê CLRC de apenas 3 meses, internada em outra unidade hospitalar, se deu após avaliação criteriosa de junta médica que entendeu que o procedimento era de alto risco para ser executado naquele momento”.
“O exame seria realizado sob anestesia geral e, nas condições clínicas apresentadas pela bebê, o corpo clínico do hospital decidiu por aguardar uma melhora na evolução clínica da paciente, para executá-lo quando houvesse redução no risco da execução do exame”, informou.
Ainda segundo o Anchieta, “a conduta médica e as orientações descritas acima foram devidamente alinhadas e informadas ao avô da paciente na terça-feira (17/05)”. “O Hospital Anchieta reforça de que o corpo clínico de anestesistas do hospital permanece funcionando normalmente, reiterando ainda que a segurança dos seus pacientes é priorizada e criteriosamente analisada para que estes recebam o melhor e mais adequado tratamento”, finaliza a nota.
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